Ofício pontos críticos do pacote
CPERS realiza ato estadual e entrega ofício aos 55 deputados reiterando pontos críticos do pacote de Eduardo Leite
Nem mesmo a chuva impediu a luta e a garra das educadoras(es) gaúchas(os). Na manhã chuvosa desta terça-feira (16), em frente ao Piratini, o CPERS realizou o Dia de Luta Estadual, em busca de dignidade, valorização profissional e salarial e contra o pacote do governador Eduardo Leite (PSDB).
Entre as mais afetadas(os) estão as funcionárias(os) de escola; servidoras(es) da alimentação e manutenção de infraestrutura recebem os mais baixos salários do serviço público estadual, com o básico a partir de R$ 657.
Em meio às negociações entre o Executivo e o Legislativo para definir a pauta de votação do pacote de Leite (PSDB), representantes da Direção Central e dos núcleos do CPERS visitaram os gabinetes das deputadas e deputados, entregando às(aos) parlamentares um documento com dados e argumentos que apontam prejuízos às educadoras(es), da proposta publicizada pelo governo.
O ofício foi protocolado em todos os 55 gabinetes e bancadas, reforçando a posição do Sindicato pela retirada do pacote ou sua rejeição – caso o projeto não abranja devidamente as servidoras(es) de escola – em caso de votação.
No final da manhã, o governador reuniu-se com deputadas(os) para debater sua proposta de reetruturação de carreiras. Educadoras(es), da ativa e aposentadas(os), enfrentaram a chuva e o frio e pressionaram as parlamentares pelo lado de fora do Palácio.
A proposta de Leite (PSDB) negligencia os dez anos com salários praticamente congelados, as perdas inflacionárias superiores à 60% e não inclui todas as funcionárias(os) da educação.
Na próxima sexta-feira (19), quando está prevista a votação do projeto, as professoras(es) e funcionárias(os) de escola, da ativa e aposentadas(os), realizarão o Dia Estadual de Paralisação, às 9h, em frente ao Palácio Piratini, conforme deliberação da Assembleia Geral da categoria. Nesta data, as escolas serão fechadas, na luta em defesa da educação pública de qualidade.
No documento entregue às deputadas(os), o CPERS expressou preocupação com o projeto de alteração do Plano de Carreira das agentes educacionais, apresentado pelo governo Leite (PSDB) sem qualquer diálogo com o Sindicato. A proposta abrange apenas uma parte da categoria, negligenciando a maioria que necessita de maior valorização e apoio. O Sindicato solicitou veementemente que as parlamentares revisem a proposta, garantindo que ela contemple todas as servidoras e servidores.
Em resposta à pressão do CPERS, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), recebeu representantes do Sindicato e anunciou mudanças no projeto de reestruturação de carreira. A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, também pressionou o governador Eduardo Leite (PSDB), por telefone.
“Mesmo sob chuva, fizemos pressão e temos, neste momento, uma sinalização positiva. Vamos discutir o Projeto de Lei e informar a categoria sobre o que o governo está propondo para os nossos agentes educacionais, incluindo merendeiras e o pessoal da manutenção das escolas. Continuamos firmes, fortes, atentos e na luta!”, asseverou a presidente Helenir.
O Sindicato permanece mobilizado e aguarda a versão oficial do projeto. Há uma indicação favorável quanto à inclusão das agentes educacionais I na reestruturação de carreira, o que, se for confirmado, significa um avanço em potencial.
No entanto, é essencial analisar minuciosamente todos os aspectos das alterações propostas para assegurar que os direitos e interesses das(os) profissionais da educação sejam resguardados. O tema foi discutido de forma taxativa no debate na Assembleia Legislativa, e a decisão final do CPERS será baseada em uma avaliação criteriosa.
O Sindicato segue firme na mobilização, atento e ativo na luta pela valorização da educação e das educadoras(es), da ativa e aposentadas(os).
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