Paulo freire, 102 anos

Paulo freire, 102 anos

Paulo freire, 102 anos

Em 19 de setembro de 1921, nasceu Paulo Reglus Neves Freire.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Há 102 anos, em 19 de setembro de 1921, nasceu Paulo Reglus Neves Freire. Educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.

 

 (Imagem: Slobodan Dimitrov)

Paulo Freire, 1977.(Imagem: Slobodan Dimitrov)

 

FONTE:

https://www.migalhas.com.br/pilulas/393726/bau-migalheiro 

 

Pode ser um doodle de texto que diz

 

 

 

100 anos de Paulo Freire: Patrono da Educação Brasileira 

17/09/2021

 

"A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem" (Paulo Freire).

A data 19 de setembro de 2021 marca o centenário de nascimento do educador, pedagogo e filósofo Paulo Freire. Natural de Recife, o pernambucano é um dos grandes nomes da educação mundial e ficou conhecido internacionalmente pela sua teoria de que a educação é o caminho para a emancipação de sujeitos, para que transformem sua realidade por meio da reflexão crítica. O seu trabalho de alfabetização de adultos é reconhecido mundialmente. Entre as inúmeras obras publicadas estão as compõem a trilogia: “Pedagogia do Oprimido”, “Pedagogia da Esperança”, “Pedagogia da autonomia”.

Em 2018, Maria Margarida Machado, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), concedeu entrevista para o ANDES-SN sobre a obra e legado do patrono da educação brasileira. “Freire foi um pensador muito importante nas décadas de 50, 60 e 70 e 80. Foi educador atuante em uma perspectiva de educação que buscava colocar no centro da educação pedagógica o direito a uma educação emancipatória”, afirmou a professora naquele ano.

Segundo a docente da UFG, defender a concepção de educação como emancipadora do sujeito representa enfrentar as grandes limitações econômicas e sociais dos estudantes brasileiros. Para ela, Freire combatia não apenas a opressão que decorre da necessidade financeira e da limitação do acesso aos bens materiais, mas também reafirmava a necessidade de combater a mentalidade conservadora. “A mentalidade conservadora, tradicional, tem a ver com o que o sujeito aprende com a sua família, na religião e no trabalho. Nessas relações, essa convivência ao invés de torná-lo um sujeito livre e amoroso, o aprisiona a um conjunto de preceitos morais, éticos e céticos que o distancia de outros seres humanos”, disse Margarida.

Crítica à educação bancária

Uma das principais contribuições de Paulo Freire é a sua crítica à educação tradicional, conceituada na obra “Pedagogia do Oprimido” como educação bancária. Segundo o pedagogo, o sujeito que está aprendendo na educação bancária é tratado como um lugar onde se deposita verdades, e isso não seria um processo de aprendizagem uma vez que não há diálogo.

“Aprender, para Paulo Freire, é acessar o conhecimento sistematizado, problematizar esse conhecimento, buscar a compreensão para além daquilo que é dito”, explicou. Para a docente, muitas das ações executadas no sistema educacional brasileiro não levam em conta o princípio do diálogo.  “Temos que questionar quem diz que quer tirar Paulo Freire de qualquer lugar. Essas pessoas realmente sabem do que estão falando?”, alertou.

Aprender para transformar

Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro. Esse aprender coletivo tem a ver com o conhecimento sistematizado pelas outras pessoas. Saber que você precisa escutar e aprender com o outro é fundamental para romper com uma lógica de educação tradicional”, contou Maria Margarida.

Outra questão fundamental na obra de Paulo Freire é que se aprende para transformar a realidade. “Nesse aspecto, é fundamental a consciência crítica e de sujeito histórico. Nesta perspectiva, nós estamos anos luz distantes, em toda nossa formação na educação brasileira, seja da educação infantil até a superior, do princípio de empoderar o sujeito para que ele possa se perceber como sujeito transformador da realidade”, afirmou a docente da UFG.

Quem foi Paulo Freire?

Paulo Freire nasceu em 1921, em Recife (PE). Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Em 1963, em Angicos (RN), coordenou um programa que alfabetizou 300 pessoas, cortadores de cana, em 45 dias. No ano seguinte, o golpe empresarial-militar o surpreendeu em Brasília (DF), onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes partir para o exílio.

Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, “Pedagogia do Oprimido”. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (SP), na prefeitura de Luiza Erundina. Foi nomeado doutor Honoris Causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de infarto. Em 2012, foi sancionada a Lei 12.612, que declarou o educador Paulo Freire o Patrono da Educação Brasileira.

Para estudar Paulo Freire

Maria Margarida Machado indicou três leituras para quem quer conhecer mais a teoria de Paulo Freire. O livro “Pedagogia do Oprimido”, para a docente, é a base da formação humanista de Freire, além de sua principal obra, e traz as principais referências que ele estudou e com quem aprendeu para pensar a obra. O livro “Pedagogia da Esperança” traz uma releitura do livro anterior, simplificando-a. Já o livro “Pedagogia da Autonomia”, último que o Paulo Freire escreveu, dialoga com professores sobre os aspectos da prática docente. “Essa trilogia é fundamental para ser lida e pensada no contexto em que foram escritas”, concluiu.

O legado de Paulo Freire

Em abril de 1990, Paulo concedeu uma entrevista para a primeira edição da Revista Universidade & Sociedade. Leia aqui.

E, em julho do ano passado, durante o 8º Conad Extraordinário, o ANDES-SN lançou a edição 66 da revista Universidade e Sociedade, com o tema "O Legado de Paulo Freire para a Educação". Com mais de 25 textos, entre artigos e resenhas, a revista traz diversas reflexões sobre as contribuições freirianas para a Educação, para a Universidade Pública e para a militância sindical, popular e partidária. Confira aqui.

Com informações de Instituto Paulo Freire

FONTE:

https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/100-anos-de-paulo-freire-patrono-da-educacao-brasileira1

 

 

102 ANOS DE PAULO FREIRE


JORNALISTA: ALESSANDRA TERRIBILI 19 DE SETEMBRO DE 2023

 

 


Neste 19 de setembro, completam-se 102 anos do nascimento de Paulo Freire, patrono da Educação brasileira e um dos pensadores brasileiros mais conhecidos e reconhecidos no mundo.

Paulo Freire tem 29 títulos de Doutor Honoris Causa concedido por universidades da Europa e das Américas, além de prêmios como o “Educação pela Paz”, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco). Ele é o brasileiro mais homenageado no mundo, e o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades na área de humanas, de acordo com levantamento da London School of Economics. A Pedagogia do Oprimido foi traduzida e publicada em mais de 20 idiomas.

Um dos principais fatores da importância de Paulo Freire é o fato de ele ter sido o primeiro a pensar um método educacional voltado para a realidade brasileira. Freire apontava a necessidade de considerar o conhecimento prévio do educando, e lidar com ele num diálogo, não num monólogo.

Ficou conhecida sua experiência em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, em 1963. Naquele momento, o Brasil tinha cerca de 40% de pessoas não alfabetizadas. O projeto alfabetizou 300 adultos em 45 dias.

Paulo Freire desenvolveu uma concepção libertadora de educação, bem como a rejeição ao pensamento único. É por isso que sua filosofia desagrada a direita extremista que ganhou força nas últimas décadas no Brasil.

A educação, para Freire, deve ser emancipadora, crítica e questionadora da realidade. Quem se beneficia da opressão do povo combate as ideias de Paulo Freire justamente porque quer manter seu poder sem questionamentos – poder, inclusive, de definir o conhecimento que as pessoas podem ou não podem acessar. Vêm daí as concepções que embasam a Lei da Mordaça, por exemplo.

Paulo Freire é um orgulho nacional, e o Brasil deve muito a ele. Por isso, festejar seu nascimento é manter vivo seu legado, desenvolver e aprofundar suas ideias em direção a uma educação emancipadora, valorizando cada ser humano. Viva Paulo Freire!

 

Fonte: SINPRO-DF

FONTE:

https://www.sinprodf.org.br/paulo-freire-102/?fbclid=IwAR1S2w7LqijtHm-SMgyi3R0p_TpPtfss0sHNwKULBIG8aQgrb01YC6kTQIM 

 




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