Pelo fim do ódio às mulheres

Pelo fim do ódio às mulheres

 

Pelo fim do ódio às mulheres: CPERS exige respostas do governo Leite frente ao aumento nos casos de feminicídios


Raíssa. Juliana. Patrícia. Caroline. Simone. Jane. Leobaldina. Diênifer. Talia. Laís.

Uma dezena de mulheres, com sonhos a realizar, planos a concretizar e conquistas a alcançar. Dez mulheres, que eram irmãs, amigas, colegas de trabalho, filhas e mães. Entre sexta-feira (18) e segunda-feira (21), o feminicídio ceifou a vida de jovens e adultas no Rio Grande do Sul, vítimas de companheiros e ex-companheiros. Nos finais de semana e nos feriados, quando muitas(os) têm a oportunidade de descansar e reunir-se com a família, o ambiente doméstico é ainda mais perigoso para as mulheres. 

O CPERS manifesta sua incondicional solidariedade aos entes queridos neste momento de dor e revolta. O Sindicato também estende seus sentimentos às cidades de Feliz (14º Núcleo), Parobé (32º Núcleo), São Gabriel (41º Núcleo), Bento Gonçalves (12º Núcleo), Viamão (22º Núcleo), Santa Cruz do Sul (18º Núcleo), Serafina Corrêa (3º Núcleo), Pelotas (24º Núcleo) e Ronda Alta (7º Núcleo), onde os crimes aconteceram. A cada história findada pela misoginia, toda sociedade perde e, na luta por direitos sociais, nenhuma companheira é substituível. 

Para o CPERS, além da atuação imediata das autoridades e do fortalecimento das políticas públicas, é fundamental também o investimento em uma educação transformadora, que combata todas as formas de violência, desde as fases iniciais da formação cidadã. Grande parte destes recentes feminicídios foi cometida por homens relativamente jovens, o que escancara como o machismo segue enraizado até mesmo entre as novas gerações. Isso evidencia que a desconstrução dessa cultura violenta não pode estar dissociada do ambiente escolar e pedagógico.

Diante de um feriado de Páscoa monstruoso, é urgente que as autoridades gaúchas ofereçam respostas para o enfrentamento à violência de gênero e para a salvaguarda da vida das mulheres. Em 2014, sob o governo de José Ivo Sartori (MDB), a Assembleia Legislativa extinguiu a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), criada pelo governo de Tarso Genro (PT), acabando com um instrumento fundamental na articulação de estratégias de combate ao machismo e de fortalecimento das possibilidades de futuro para as mulheres e que, apesar do discurso de igualdade e inclusão do governo Eduardo Leite (PSDB), na prática, mulheres gaúchas seguem desamparadas. O investimento em políticas públicas capazes de superar estruturas patriarcais e o recrudescimento do trabalho das Forças de Segurança e da Justiça contra a violência doméstica é uma necessidade imediata. 

Em breve, a Polícia Civil irá lançar uma plataforma online para solicitar medida protetiva. O recurso estará disponível na Delegacia de Polícia Online da Mulher. É possível também fazer denúncias pelos números 197 (Polícia Civil) e 181 (Disque Denúncia) e, de forma anônima e sigilosa, pelo WhatsApp 51 98444-0606. 

Não hesite em pedir ajuda! Pelo fim do ódio às mulheres e por mais políticas de proteção!

FONTE:

https://cpers.com.br/pelo-fim-do-odio-as-mulheres-cpers-exige-respostas-do-governo-leite-frente-ao-aumento-nos-casos-de-feminicidios/




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