Perversa política da queima de livros

Perversa política da queima de livros

A educação no estado de São Paulo ou a perversa política da queima de livros

'O estado de São Paulo, vampirizado pelos neoliberais, não quer ser decente nem com as crianças pobres', escreve a colunista Marcia Tiburi

Renato Feder (secretário de Educação do estado de São Paulo) e o governador Tarcísio de Freitas

Renato Feder (secretário de Educação do estado de São Paulo) e o governador Tarcísio de Freitas (Foto: Divulgação/Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná | Reprodução/Facebook)

 

O secretário da educação de São Paulo, Renato Feder (um sobrenome metafórico?), decidiu privar as crianças do ensino público estadual de livros que seriam doados a elas gratuitamente pelo governo federal. Políticos de extrema-direita nunca surpreendem com seus gestos desumanos e sempre podemos esperar o pior deles.

A chacina no Guarujá é complementar ao que parece ser uma verdadeira política de queima de livros, monumental e sem fumaça, pelo extermínio desses objetos do conhecimento. Os judeus nos campos de concentração eram transformados em fumaça na solução final. Imaginem que não há nem fumaça na solução do governo paulista. Mata-se uns adolescentes de um lado e se priva os pré-adolescentes de livros do outro, quem sabe para que sejam mortos mais adiante pelo mesmo estado que lhes tira oportunidades básicas como é o acesso à educação e ao livro que dela faz parte. Será isso a “educação do futuro”?

Todos sabem que a imensa maioria das crianças das escolas públicas pertencem às classes desfavorecidas e exploradas e precisam de todo apoio escolar para ter uma vida digna. Criança é sinônimo de escola. E livro infantil é bem de primeira necessidade. Na rejeição ao livro para as crianças há também uma atitude elitista, pois sabemos que essas crianças terão menos acesso a livros do que as crianças cujos pais podem pagar - ou se esforçam desesperados por conseguir pagar - uma escola particular para seus filhos. A educação deveria ser para todos, generosa e de qualidade, mas o estado vampirizado pelos neoliberais não quer ser decente com os pobres e nem com as crianças pobres.

A pergunta que não quer calar é: como um homem que não vê valor em livros, como o secretário Feder, tem um livro na lista dos mais vendidos? Quem comprou? Talvez a investigação do Ministério Público venha a elucidar o que se passa. Vamos esperar. Enquanto isso, a educação vai de mal a pior, o estado de São Paulo, sequestrado pelas milícias cariocas, segue seu triste destino. Pobre do povo que não sabe em quem vota.

FONTE:

https://www.brasil247.com/blog/a-educacao-no-estado-de-sao-paulo-ou-a-perversa-politica-da-queima-de-livros 

 

 

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Carlos Giannazi 

Qual a importância do livro didático para os alunos do ensino fundamental?

O deputado Carlos Giannazi, ao lado do professor e autor de livros Edson Gabriel Garcia, traz informações importantes sobre os avanços na luta contra a absurda retirada dos livros didáticos, em formato físico, das escolas da rede estadual promovida pelo governo.

Em defesa da permanência dos livros físicos nas escolas, Giannazi realizará uma grande audiência pública na próxima segunda-feira (07/08) para debater e impedir que essa sabotagem contra a educação avance. Anote aí:

07/08 | 19h | Auditório Dom Pedro l | Alesp - Palácio 9 de Julho - Av. Pedro Álvares Cabral, 201

 

 

 

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "Coletivo Educação em 1° Lugar Luciené- cavalcante Deputada ederal GIANNAZI odeputadodaeducação GIANNAZI GIANNAZI os LIVROS FICAM! Assine contra a decisão do Tarcísio de retirar os livros didáticos das escolas. apoie e compartilhe bit.ly/oslivrosficam"

 

 

 Assine o abaixo-assinado: bit.ly/oslivrosficam 

 

ASSINE CONTRA A DECISÃO DO TARCÍSIO DE RETIRAR O LIVRO DIDÁTICO 

O livro didático é uma das mais importantes conquistas dos últimos anos na educação brasileira, sobretudo com a criação do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que garantiu a distribuição de material didático gratuito produzido por profissionais da educação e pesquisadores que buscam qualificar a forma de aprender e de ensinar no ambiente escolar.

O material contribui na organização das aulas, dos conteúdos, na diversidade de atividades e nos conceitos científicos que são trabalhados com os alunos. Não é o único recurso utilizado pelos professores, mas é de significativa importância por ser um material de uso contínuo durante o ano letivo e que o aluno faz uso na escola e na sua casa, complementando o aprendizado e exercendo o direito à educação.

O anúncio do Governo do Estado de São Paulo sobre a extinção do livro didático ataca a sociedade paulista, o acesso com igualdade de condições e o direito à educação. As consequências educacionais serão catastróficas, conforme escreveu Circe Maria Fernandes Bittencourt em seu trabalho “Livros didáticos: concepções e uso (1997)”:

a) a falta de um referencial para o aluno;

b) a limitação do conhecimento do aluno às apostilas ou ao conteúdo do professor;

c) o perigo na transmissão de conceitos que podem conter incorreções.

As perdas das aprendizagens serão imensuráveis aos alunos e ao país que já figura entre os piores do ranking mundial de educação, além de ser um dos que menos investe em educação no mundo. Vale lembrar que o investimento na educação está congelado desde o final de 2016 pelo governo Michel Temer.

A escolha do livro didático é um processo democrático e envolve toda a comunidade escolar que discute o material que melhor se identifica com o território. Esse é um governo perverso, de modo que quer expor crianças e adolescentes a situações vexatórias imprimindo centenas de páginas para aqueles que não têm computador. Quer rir da desigualdade social, quer tirar o mínimo, acabar com a dignidade, não deixar nada de humano na educação. 

O Powerpoint jamais substituirá o livro, e a sociedade sabe do valor de uma educação de qualidade. Todos os países desenvolvidos sabem que para estarem sempre em desenvolvimento precisam investir na educação, mas o governador Tarcísio quer jovens mortos nas mãos da polícia e um país cada vez mais emergente. Querem alunos sem livros para assassiná-los nas ruas, essa é a política educacional desse governo.

A transformação do livro didático impresso para o digital não leva em consideração a realidade do Estado de São Paulo e fica no mundo fantasiado do empresário de tecnologia e secretário de educação Renato Feder. Após dois anos de pandemia, não houve nenhuma iniciativa do governo em apresentar projetos de recuperação das aprendizagens para os alunos, principalmente depois do fiasco do ensino remoto que escancarou as desigualdades no acesso aos meios tecnológicos.

A exposta intenção de prejudicar ainda mais os alunos, atacar a dignidade humana e o direito à educação não pode passar impunemente para esse secretário que, além de não entender de educação e de processos pedagógicos, tem ódio da escola pública.

Por esses motivos, eu apoio o abaixo-assinado a favor da educação e contra o fim dos livros didáticos.

 FONTE:

https://lucienecavalcante.com.br/oslivrosficam/?fbclid=IwAR1o5t7BDffncYP77jZssiCiGUSFLqmsj6fqtIOvW7nce4ySS25XxUrhj8w#form 




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