Pico sem “lockdown”
Sem “lockdown” o pico da epidemia deverá ocorrer em 14 de julho
O primeiro boletim sobre Epidemiologia Matemática da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EMAp) [1], projeta que, mantendo-se o distanciamento social na faixa atual de 50%, o pico da epidemia deve ocorrer em meados de julho. Se a política de confinamento não for alterada, em setembro, o número de novos casos diários será similar ao dos dias de hoje. Para controlar e diminuir a propagação da epidemia, seria preciso elevar o distanciamento social a 70%.
Dois matemáticos da Unicamp, Paulo Silva e Claudia Sagastizábal, disponibilizaram uma plataforma [2], atualizada diariamente, que apresenta a taxa média de replicação do vírus em algumas cidades e regiões do país (o número médio de pessoas infectadas por cada indivíduo contaminado). Essa taxa permite prever o número de novos casos e de óbitos.
A taxa atual observada no Brasil é de 1,51. Com ela, nas próximas duas semanas, o número de óbitos diários deve crescer de 1070 para 2300. No estado do Rio de Janeiro, com a taxa de 1,41, esse número deve passar de 170 para 315.
[1] https://emap.fgv.br/sites/emap.fgv.br/files/boletim_epidemiologico_1_em_revisado.pdf
[2] http://www.ime.unicamp.br/~pjssilva/vidas_salvas.html