Com investimento de R$ 24 milhões anuais, o Prêmio Alfabetiza Tchê concederá de R$ 40 mil a R$ 80 mil para as 200 escolas estaduais ou municipais que tiverem os melhores resultados de alfabetização e de R$ 20 mil a R$ 40 mil para aquelas com as piores performances. 

Para as instituições bem-sucedidas, 75% do valor será pago no momento do anúncio dos vencedores e 25% após a comprovação de que aquela escola está ajudando alguma das 200 que tiveram as piores atuações. Já as malsucedidas receberão 50% do dinheiro quando sair o resultado e 50% quando demonstrarem que implementaram melhorias.

— As evidências mostram que a melhor aprendizagem que existe é com os pares, com os colegas. Então, um diretor conversando com o outro, passando o dia na escola, ajudando a implementar as políticas, no dia a dia e na rotina, as evidências mostram que, com isso, a escola melhora. A gente está criando um círculo virtuoso de colaboração de escola com escola — destacou a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, durante o evento.

Não há previsão de criar premiações como essas para instituições de Ensino Médio. Nessa etapa, o que há é um investimento no ensino de tempo integral, que reduziu a evasão em estados como Pernambuco, que implementaram o modelo.

— O resultado é o ingresso no mundo do trabalho com salários melhores do que os de egressos de escolas normais. Então, o próprio dinamismo das escolas de tempo integral acaba sendo um estímulo, gerando sonho e brilho nos olhos. Mas nada descarta, lá na frente, a gente fazer uma premiação (para o Ensino Médio) também — pontuou Raquel, em coletiva após a cerimônia.

Instituído em setembro de 2022 por meio de decreto, o programa Alfabetiza Tchê tem como objetivo garantir que todos os estudantes saibam ler e escrever até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Até agora, existe por meio de decreto, mas deverá receber uma legislação própria, com projeto de lei assinado pelo governador Eduardo Leite durante o evento.

Na proposta, há, além da premiação, a previsão de R$ 15 milhões em bolsas para profissionais que conduzirão a articulação, a formação e o acompanhamento pedagógico em níveis, estadual, regional e municipal e, depois, nas escolas. Outros R$ 8,5 milhões estão sendo gastos na produção de um material didático complementar para a área de alfabetização, elaborado por professores das redes municipal e estadual, em parceria com a Associação Nova Escola. As cartilhas já estão prontas para uso virtual e serão distribuídas em sua versão física no ano que vem.