Primeiro ciclo dos Estudos de Recuperação

Primeiro ciclo dos Estudos de Recuperação

Mecanismo que revisava reprovações ganha novo formato e vira trimestral nas escolas estaduais

Primeiro ciclo dos Estudos de Recuperação ocorre até esta sexta-feira (9)

07/6/2023 Isabella Sander

 

Com um novo formato, ocorre até sexta-feira (9) o primeiro ciclo dos Estudos de Recuperação Contínua nas escolas estaduais gaúchas. Diferentemente da edição realizada em fevereiro, a nova roupagem da atividade prevê chances trimestrais de melhorar a nota para aqueles que não tiverem alcançado média 6. A mudança divide opiniões de estudantes e professores.

As atividades, que envolvem revisão dos conteúdos e realização de novas avaliações, serão aplicadas em três períodos: de 1º a 9 de junho, de 4 a 15 de setembro e de 7 a 15 de dezembro.

No início de 2023, a primeira edição dos Estudos de Recuperação gerou polêmica, por ser voltada para, além de alunos com média inferior a 6, aqueles que não estiveram presentes em, pelo menos, 75% das aulas, frequência mínima prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Obtendo nota 5 na avaliação realizada em fevereiro, eram aprovados. Com isso, 48% dos 107.475 estudantes que fizeram a recuperação passaram de ano.

Com a mudança, a opção foi por instrumentos que permitam ao aluno recuperar a nota durante o ano letivo, e não depois de seu término. A orientação é que os professores apliquem atividades para estudantes que concluíram o trimestre com nota inferior a 6 ou que não consolidaram as aprendizagens propostas. Caso a nota baixa seja mantida mesmo após a nova chance, o docente deve oferecer atividades complementares que desenvolvam as habilidades essenciais.

Segundo Marcelo Jerônimo, subsecretário de Desenvolvimento da Educação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a ideia é que não se tenha, como aconteceu em dezembro de 2022, dados alarmantes de reprovação identificados somente no final do ano.

— As melhores práticas em educação recomendam a recuperação como um ato contínuo. Por isso, a ideia é que, ao longo do ano, a recuperação aconteça. Se o professor perceber que o aluno não desenvolveu aquela habilidade, que faça a recuperação, e que, se a nota mostrar que segue sem ter desenvolvido, que seja feito um trabalho mais direcionado, seguindo assim até o último trimestre — explica Jerônimo.

A expectativa da Seduc é de que, com as avaliações e as recuperações feitas de forma contínua, o professor consiga identificar mais rapidamente a defasagem de um estudante e, a partir disso, pense em propostas de atividades.

— Estamos vindo de um momento complexo, com fortes impactos da pandemia, e precisamos estar sempre atentos aos reflexos. É por isso que desenhamos esse programa. Precisamos ter um olhar contínuo para esse aluno — pontua o subsecretário.

Clique aqui para ler o documento orientador dos Estudos de Recuperação Contínua.

FONTE:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2023/06/mecanismo-que-revisava-reprovacoes-ganha-novo-formato-e-vira-trimestral-nas-escolas-estaduais-clim6725h00as0156zh2y9996.html 




ONLINE
159