Ranking de milionários na América Latina

Ranking de milionários na América Latina

Brasil lidera ranking de milionários na América Latina: 433 mil têm fortuna superior a US$1 milhão

Globalmente, os Estados Unidos permanecem no primeiro lugar, com 23,8 milhões de milionários, enquanto a China ocupa a segunda posição, com 6,3 milhões

 - Brasília, 19 de junho de 2025

 

 

 

O Brasil é o líder na América Latina em relação ao número de indivíduos com patrimônio superior a US$ 1 milhão, totalizando 433 mil pessoas, conforme o levantamento mais recente do banco suíço UBS sobre a riqueza global.

Quando convertido para a moeda local, esse montante aproxima-se de R$ 5,48 milhões, posicionando o país na 19ª posição entre as 56 nações analisadas.

Apesar desse destaque, o Brasil ainda se encontra entre os países mais desiguais globalmente, apresentando um Índice de Gini de 0,82, nível semelhante ao da Rússia.

O estudo indica que, no período de 2023 a 2024, o número de milionários brasileiros cresceu 1,6%, um ritmo inferior ao observado em países como Índia (4,4%) e Rússia (4,9%).

Na região, o Brasil supera o México, que possui 399 mil indivíduos nesse segmento, seguido por Chile (66 mil), Colômbia (44 mil) e Uruguai (17 mil).

Globalmente, os Estados Unidos permanecem no primeiro lugar, com 23,8 milhões de milionários, enquanto a China ocupa a segunda posição, com 6,3 milhões.

Um dado relevante é a previsão de transferência de riqueza nas próximas décadas; estima-se que US$ 9 trilhões mudarão de mãos no Brasil, valor inferior apenas ao dos EUA (US$ 29 trilhões).

Esse fenômeno é em parte atribuído ao envelhecimento da população, com uma parcela significativa acima dos 75 anos preparando legados.

Marcello Chilov, responsável pela divisão de grandes fortunas do UBS na América Latina, observa: “A robustez do mercado financeiro e a valorização dos investimentos contribuem para este cenário.”

A riqueza média por adulto no Brasil aumentou 6,4% em 2024, enquanto a mediana — que reflete de forma mais precisa a situação da metade menos favorecida — avançou 9%.

Desde 2020, esses índices acumulam elevações de 23% e 28%, respectivamente. Contudo, a concentração de riqueza é uma preocupação contínua: o 1% mais rico detém quase a metade do total da riqueza nacional.

Há 16 anos, o relatório do UBS serve como referência para compreender a evolução dos ativos no mundo, abrangendo 56 países que são responsáveis por mais de 92% da riqueza global.

Caso o real e a bolsa mantenham uma trajetória ascendente, a projeção indica que o Brasil pode alcançar 464 mil milionários até 2028.

As classes sociais no Brasil são classificadas como A, B, C, D e E, com suas respectivas faixas de renda mensal per capita, segundo estudos da Tendências Consultoria e FGV Social para 2024/2025.

Aproximadamente 50,1% dos domicílios pertencem às classes C ou superiores, enquanto as classes D/E somam 49,9%.

A distribuição aproximada de classes é: A (2%), B (17%), C (31%), D (30%) e E (~20%).

As faixas de renda per capita em reais são: Classe E: até R$ 1.500; Classe D: de R$ 1.501 a R$ 2.500; Classe C: de R$ 2.501 a R$ 8.100; Classe B: de R$ 8.101 a R$ 25.000; Classe A: acima de R$ 25.000.

Esses valores consideram uma média de 3 pessoas por domicílio.

De acordo com os dados mais recentes da revista Forbes, os brasileiros mais ricos são:

Eduardo Saverin, com US$ 34,5 bilhões;

Vicky Safra e família, com US$ 20,7 bilhões;

Jorge Paulo Lemann e família, com US$ 17,0 bilhões;

Marcel Herrmann Telles e família, com US$ 9,8 bilhões;

David Velez, com US$ 10,7 bilhões;

Carlos Alberto Sicupira e família, com US$ 7,6 bilhões;

André Esteves, com US$ 6,9 bilhões;

Fernando Roberto Moreira Salles, com US$ 6,5 bilhões;

Pedro Moreira Salles, com US$ 6,1 bilhões; e

Miguel Krigsner, com US$ 6,1 bilhões.




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