Dos 26.304 professores estaduais que participaram da greve do magistério no fim do ano passado, 1.671 solicitaram ao governo gaúcho o pagamento dos dias parados entre novembro e dezembro de 2019. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) nesta quarta-feira (29). O valor pago pelo Piratini aos servidores, porém, terá que ser ressarcido aos cofres públicos pelos professores, que terão o montante descontado em folha a partir do mês de março.

O modelo de pagamento foi proposto pelo governo de Eduardo Leite aos professores e dependia da adesão de cada profissional. Os servidores que fizeram greve e optaram por não aderir à proposta não receberão pelos dias paralisados.

A folha suplementar foi paga na última terça-feira (28). A partir de março, esses valores serão descontados em parcelas mensais e consecutivas, até o limite legal de 20% da remuneração, conforme proposta apresentada à categoria. 

Já no mês de fevereiro, a SES informou que serão feitos os ajustes financeiros relativos aos dias de greve do mês de janeiro. A data para pagamento, porém, ainda não foi definida.

Após diversas rodadas de negociação, o governo não acatou a principal reivindicação do Cpers-Sindicato, que era o abono dos dias parados. Em vez disso, comprometeu-se a pagar pelo período da greve em uma parcela, mas exigiria a devolução dos valores em pagamentos mensais, por seis meses.

O secretário estadual da Educação, Faisal Karam, afirmou que a negociação segue em aberto e as condições poderão ser revistas ao longo dos próximos meses. A proposta foi apresentada à categoria em 14 de janeiro. A maioria dos professores presentes ao ato decidiu aceitar as condições do Piratini para o fim da greve. 

 

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