Redes na formação professores da alfabetização
MEC apoia redes na formação de professores da alfabetização
Materiais do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada vêm sendo utilizados em redes municipais e em cursos de pedagogia para aprimorar o ensino inicial
Atualizado em 24/09/2025

Foto: Divulgação
O Ministério da Educação (MEC), por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), disponibilizou duas coleções de fascículos e vídeos que podem ser utilizados para apoiar a formação de professores e gestores que trabalham nos anos iniciais do ensino fundamental. O Percurso Formativo de Alfabetização Inicial, disponível na plataforma AVAMEC e no canal do MEC no YouTube, tem sido utilizado em diferentes redes de ensino e instituições de formação em todo o país, ganhando destaque pela qualidade dos materiais e pela contribuição efetiva às práticas pedagógicas.
Para Lucianna Magri, coordenadora-geral de Formação de Professores da Educação Básica do MEC, “ao disponibilizar materiais de qualidade para as formações, o ministério cumpre seu papel de oferecer assistência técnica qualificada às redes de ensino”.
Em João Monlevade (MG), as coordenadoras pedagógicas Gilmara Mendes e Poliana Alves destacam que o material foi fundamental para organizar encontros formativos com professores e gestores. “Os vídeos trazem situações reais de sala de aula que se aproximam muito da nossa realidade. Isso ajuda a refletir sobre o que já fazemos e a pensar em novas possibilidades”, explica Poliana. Já Gilmara ressalta que a proposta tem ampliado o repertório pedagógico dos docentes: “Acreditamos que a formação continuada em serviço é o caminho para garantir os direitos de aprendizagem de todas as crianças”.
Na formação de professores em nível superior, o material também tem sido referência. Para Renata Frauendorf, coordenadora pedagógica do curso de especialização em alfabetização da Universidade Federal do Piauí (UFPI), os fascículos e os vídeos contribuíram para tensionar o debate sobre metodologias de ensino. “As cursistas identificaram no material questões que já enfrentam em suas práticas. Reconhecer essas situações em um documento oficial foi muito potente”, observa. Segundo ela, o percurso formativo ajuda a superar o modelo transmissivo de formação, “ainda muito presente, mas que não valoriza a experiência do sujeito da aprendizagem”.
Em São Vicente (SP), a Secretaria Municipal de Educação passou a compartilhar os fascículos e os vídeos do MEC com os professores do 1º e do 2º ano desde junho de 2025. A ação envolve 270 docentes e 45 coordenadores pedagógicos, além de alcançar, de forma assíncrona, cerca de 750 educadores do 1º ao 5º ano no horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC). “Nosso objetivo é aprofundar a reflexão sobre o que significa formar um leitor fluente. Discutimos que ler é atribuir sentido e que a fluência envolve compreensão e autonomia em diferentes contextos comunicativos”, afirma a secretária municipal de Educação, Michelle de Melo Paraguai.
Já em Mogi Guaçu (SP), a articuladora municipal do CNCA, Mary Aparecida dos Santos Ferreira, aponta que os materiais do MEC responderam a uma necessidade urgente. “Sentíamos falta de conteúdos atualizados e conectados com a realidade da sala de aula. Os textos e os vídeos nos permitem selecionar o que faz mais sentido para cada grupo de professores, do iniciante ao mais experiente”, explica. Para ela, a combinação de fundamentos teóricos e exemplos práticos tem sido essencial para fortalecer a formação: “Ajudam nossos docentes a refletirem sobre a intencionalidade pedagógica e a planejarem melhor suas intervenções em sala de aula”.
O Percurso Formativo de Alfabetização Inicial tem se consolidado como ferramenta essencial para a formação inicial e continuada de professores, apoiando redes municipais e instituições de ensino superior no compromisso de garantir o direito à alfabetização de todas as crianças.
CNCA – O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada tem como finalidade garantir o direito à alfabetização das crianças brasileiras até o final do 2º ano do ensino fundamental e foca a recuperação das aprendizagens das crianças do 3º, 4º e 5º ano afetadas pela pandemia. O CNCA estabelece, entre seus princípios, a promoção da equidade educacional, sendo considerados aspectos regionais, socioeconômicos, étnico-raciais e de gênero; a colaboração entre os entes federativos; e o fortalecimento das formas de cooperação entre estados e municípios.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)
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