Retorno das aulas judicializado

Retorno das aulas judicializado

Decisão sobre retorno das aulas não precisava ter sido judicializada

Cpers e secretaria da Educação poderiam ter negociado na semana passada

Andressa Xavier

Adriana Franciosi / Agência RBS
Salas de aulas devem permanecer vazias com a medida, que impacta cerca de 700 mil alunos em todo o Estado.  Adriana Franciosi / Agência RBS

 

Os professores, pais e alunos têm toda razão quando reclamam de escolas sem bebedouros ou ventiladores. Acredite ou não, existem colégios com apenas um local para todos os alunos beberem água. Somado a isso, a onda histórica de calor expõe outra fragilidade, que é a falta de ventiladores nas salas de aula. É uma vergonha que isso seja tratado como normalidade em muitos casos. Essa é uma parte do problema.

A outra, que recai sobre alunos e pais, é a incerteza em relação ao retorno. Todo adulto deve lembrar do frio na barriga pelo primeiro dia de aula, por encontrar os colegas, amigos, descobrir em que turma está. A expectativa foi frustrada. Para os pais, a preocupação de onde a criança ficará mais um dia enquanto trabalham, além da recuperação das aulas perdidas já na arrancada. Sem contar a merenda, que para muitos alunos é a principal refeição completa do dia.

Se o governo do Estado tivesse conversado e negociado com o sindicato dos professores na semana passada, haveria ao menos previsibilidade a essas famílias e comunidade escolar. Agora, estão todos à mercê de uma liminar, que pode ou não cair a qualquer momento.  A educação, que deveria ser prioridade, de novo fica entre uma queda de braço entre quem deveria proteger o ensino gaúcho.

FONTE:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/andressa-xavier/noticia/2025/02/decisao-sobre-retorno-das-aulas-nao-precisava-ter-sido-judicializada-cm6yxt05x000q015aqm4cfwfp.html?fbclid=IwY2xjawId6-BleHRuA2FlbQIxMQABHbzw5sa-R1UjQQlCSJ0-4fHkIqHheUWi5ARW7cEsVFpOq8_gP7dLZIXjjQ_aem_EqiuRXSVetc9KaxNnicZoQ




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