RS projeta volta às aulas para setembro

RS projeta volta às aulas para setembro

Governo do RS projeta volta às aulas para setembro

Retorno, porém, depende da demanda de leitos de UTIs no Rio Grande do Sul

Leite fala em projeção de volta às aulas para setembro

Leite fala em projeção de volta às aulas para setembro | Foto: Palácio Piratini / Divulgação / CP

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Guaíba, que a projeção para a volta às aulas no Estado ficou para o mês de setembro, com algumas etapas sendo feitas em agosto. 

"Estamos acompanhando este momento mais crítico na demanda pelas UTIs, mas o nosso grande esforço é para garantir o atendimento. No entanto, é impossível fazer a ampliação para atender uma demanda que não para de crescer. Há limitação física, há limitação de estrutura e de recursos humanos. Nenhum lugar do mundo venceu a pandemia somente com aumento de estrutura. O retorno às aulas não acontecerá em agosto e vamos ter que projetar isso para setembro. Fizemos uma consulta pública e recebemos os resultados na semana passada e esta semana voltaremos a discutir o tema, buscando projetar algum retorno, que deverá ficar para setembro, talvez, com algumas etapas em agosto. Isso vai depender do comportamento das próximas semanas no que diz respeito à demanda de UTIs pelo Estado", disse Leite. 

Eduardo Leite comentou ainda que o distanciamento social ainda se impõe em solo gaúcho justamente pela velocidada da demanda de leitos de UTIs. "O que nós vamos conversar com os prefeitos é no sentido de estabelecer uma política de co-gestão do modelo de distanciamento. Este sistema precisa da cooperação e de um pacto entre as partes, inclusive entre os prefeitos, para que seja efetivo. Por isso estamos buscando o engajamento dos municípios e vamos conversar com a Famurs para buscar um modelo que melhor promova uma alteração na gestão do distanciamento controlado, porque queremos a maior participação das cidades", explicou. 

O governador disse ser difícil projetar o fim do distanciamento controlado no Rio Grande do Sul. Ele não sabe dizer se o sistema terá de ficar até o fim da sua gestão. "É absolutamente imprevisível por conta do longo prazo. O que a gente observa é que neste ano de 2020 são necessários muitos cuidados para evitar a disseminação do vírus sem controle. Nós ampliamos a oferta de leitos no Sistema Único de Saúde e vamos a 1,9 mil leitos no Estado. Isso é insuficiente se houver uma disseminação descontrolada. É importante que as pessoas entendam: um leito de UTI não é apenas uma cama com respirador. São equipes, insumos, medicamentos e uma série de itens, além de recursos humanos", afirmou. 


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