Salário, confusão e descontos absurdos
Congelamento de salário, confusão e descontos absurdos nas folhas de pagamento das servidoras das escolas no RS
Funcionárias de escola do RS estão há 11 anos sem reposição salarial, com o salário consumido pela inflação e enfrentando descontos absurdos numa folha de pagamento incompreensível, principalmente após o chamado reenquadramento dos Agentes Educacionais I e II. Em frente ao Palácio Piratini funcionárias e professoras batiam panelas e exigiam dignidade nesta segunda-feira. Que a direção do CPERS saia da paralisia e organize a mais ampla mobilização contra Eduardo Leite!
Diversos comentários se espalham pelas redes sociais, em um deles um funcionária afirma que "da vontade de desistir". Uma professora relata: "Colegas, tive vários descontos que não compreendi em meu contracheque. Solicitei explicações a Sefaz. Tiveram a empáfia de responder que são descontos do "teletrabalho" de março e abril de 2020, relativos a vale-transporte. Pode isso, produção?
Lembro-me de que na época tivemos inúmeros descontos... Agora, três anos depois, ainda seguem descontando? Aconteceu com mais alguém?"
Como esses são diversos comentários sobre a confusão nas folhas de pagamento, uma confusão que nunca erra para mais nos salários, sempre para menos. Um verdadeiro assalto aos salários das trabalhadoras mais exploradas do magistério gaúcho e que estão há 11 anos sem reajuste salarial, como as funcionárias de escola.
Durante o ato na tarde desta segunda-feira, em frente ao Palácio Piratini, uma colega estava desesperada me contando que tem apenas 500 reais para passar o mês e que no total o governo Leite lhe deve mais de 3 mil reais. Um verdadeiro absurdo enquanto o governador aproveita a vida em um dos maiores festivais do sul do país no litoral gaúcho como compartilhou em suas redes.
A solução só pode vir de uma auto organização da base das escolas em tom de exigência a própria direção do Cpers (PT, PSOL, PCdoB, PDT) que está totalmente paralisada diante desses ataques cabulosos contra os educadores e educadoras. Não é possível que Leite vai passar todos os seus ataques sem uma greve sequer, precisamos nos organizar por baixo e contra atacar, senão seremos cada vez mais massacrados e desrespeitados.
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