Salario de maio
Salário de maio deve começar a ser pago na quarta-feira, mas valor ainda é incerto
Estado vai quitar folha de abril com dinheiro da primeira parcela do socorro federal
Quase todo o dinheiro de uso livre do socorro federal que entrar nas contas do governo do Estado nesta terça-feira (9) será gasto na quitação dos salários de abril e no repasse das consignações (empréstimos descontados em folha dos servidores). O Rio Grande do Sul receberá R$ 486,3 milhões para uso livre, que serão destinados para pagar a folha, além de outros R$ 63,5 milhões carimbados para a área da saúde.
O dinheiro vem pelo Banco do Brasil, que transfere para o Banrisul. Só então a Secretaria da Fazenda pode dar o comando para pagar os salários, o que deve ocorrer na quarta-feira (10), embora não se descarte a possibilidade de quitação da folha nesta terça.
Como quinta-feira (11) é feriado, a folha de maio deve começar a ser paga na quarta, mas ainda não se tem ideia de qual faixa será contemplada na primeira etapa. Um novo depósito deve ocorrer na segunda-feira (15).
Para quitar a folha de abril ainda faltam R$ 356 milhões. São 90.262 matrículas, de um total de 339.499, que ainda têm alguma coisa a receber de abril. O restante do dinheiro da União será usado para quitar os consignados, algo como R$ 190 milhões, e ainda não será suficiente. O governo terá de usar parte do ICMS que começa a entrar na quarta-feira.
Em tempos normais, os maiores volumes de ICMS entram entre os dias 9 e 12 de cada mês. Depois, só no dia 25. Pelo calendário, no dia 9 ingressam os recursos da substituição tributária, no dia 10 o imposto de energia, combustíveis e telecomunicações e no dia 12 o ICMS do comércio e da indústria.
É com esse dinheiro que o Estado pretende pagar parte da folha de maio, que passa de R$ 1 bilhão. Como a receita sofreu queda expressiva em maio e deve ter novo tropeço em junho, a quitação dos salários de maio vai ficar na dependência da liberação da segunda parcela do socorro federal. No total, o Estado vai receber R$ 2 bilhões em quatro parcelas.
Governo paga parcela de R$ 1,5 mil do salário de maio nesta sexta-feira
Término da quitação da folha está prevista somente para o dia 13 de julho
Em mais um mês com dificuldades para pagar os salários do funcionalismo, o governo inicia, nesta sexta-feira (12), o pagamento por parcelas dos vencimentos de maio. Até agora, só quem ganha até R$ 1,5 mil líquidos recebeu os valores – eles foram repassados de forma integral na última quarta-feira (10).
A partir de agora, o restante dos pagamentos será feito no sistema de parcelas a todos os servidores que ganham acima deste valor. Nesta sexta-feira (12), o governo deposita a primeira, de R$ 1,5 mil.
Depois disso, os servidores ficam um período de 18 dias sem receber nenhum tipo de repasse. Somente para o dia 30 de junho há previsão de depósito de R$ 700. No dia 10 de julho, deve ser feito novo pagamento no valor de R$ 800, quitando os salários de quem recebe até R$ 3 mil líquidos.
A previsão é de que a folha de maio só seja quitada no dia 13 de julho, com o pagamento do saldo restante. Esta é a data em que o governo federal promete repassar a segunda parcela da ajuda emergencial. Esses valores permitem à equipe da Fazenda planejar o pagamento dos salários, já que a perspectiva para os próximos meses é de arrecadação abaixo do orçado.
A quinta parcela do 13º salário de 2019 foi paga no dia 29 de maio.
Salários de maio
- 10/06: pagamento integral para quem ganha até R$ 1,5 mil, o que equivale a 23% dos vínculos (pago)
Início do sistema por parcelas - 12/06: parcela de R$ 1,5 mil
- 30/06: parcela de R$ 700, quitando 44% dos vínculos
- 10/07: parcela de R$ 800, quitando 57% dos vínculos
- 13/07: quitação dos salários, com o pagamento do saldo