Saúde mental importa

Saúde mental importa: romper o silêncio para salvar vidas
Nesta quarta-feira (10), é lembrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data que tem como objetivo conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde mental. Aliás, a campanha Setembro Amarelo, realizada ao longo de todo o mês, reforça a urgência do tema, que, infelizmente, impacta milhares de brasileiras(os), trabalhadoras(es), dentro e fora dos ambientes escolares.
De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios anualmente em todo o mundo. Quando se consideram os casos não oficialmente notificados, a estimativa ultrapassa 1 milhão. No Brasil, os registros chegam a cerca de 14 mil ocorrências por ano, o que representa uma média de 38 pessoas que cometem suicídio por dia.
Falar sobre saúde mental, especificamente nas escolas, é garantir espaços seguros de escuta, onde estudantes, professoras(es), funcionárias(os), diretoras(es) e toda a comunidade escolar se sintam acolhidas(os) para dialogar e tenham acesso ao apoio psicológico necessário. Não obstante, é importante refletir sobre a importância de combater a desinformação e o estigma que ainda cercam os temas relacionados à saúde mental.
Em meio a tantos casos de descaso, sobrecarga e condições precárias de trabalho, muitas(os) educadoras(es) têm adoecido de forma silenciosa. Hoje e todos os dias é importante fomentar o debate crítico sobre saúde mental, como parte de uma política de cuidado permanente com quem ensina, aprende e convive nesses espaços.
Devemos seguir lutando por melhores condições de trabalho, ao mesmo tempo em que fortalecemos as redes de apoio nas escolas. Neste sentido, é fundamental romper com o silêncio, muitas vezes alimentado pelo preconceito e pelo medo, substituindo-o por movimentos de busca por ajuda, empatia, acolhimento e respeito.
O CPERS, através do Departamento de Saúde da(o) Trabalhadora(or), reforça que cuidar da saúde mental é responsabilidade de todos nós. Se você, colega, ou qualquer membro da comunidade escolar estiver passando por dificuldades, saiba que não está sozinha(o). Procure ajuda, busque apoio de profissionais da saúde e utilize os canais de atendimento disponíveis.
Se perceber que alguém próximo está em sofrimento, não ignore os sinais! Ofereça escuta atenta, empatia e incentive essa pessoa a buscar ajuda especializada. Precisamos falar abertamente sobre o tema e fortalecer a rede de apoio nas escolas. Acolher é um ato de cidadania, cuidado e também de resistência!
>> Saiba onde procurar ajuda:
> Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita, 24 horas, todos os dias). O CVV oferece apoio emocional e atua na prevenção ao suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que desejam ou necessitam conversar. O serviço é realizado com total confidencialidade, por meio de telefone, e-mail e chat.
> Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, postos e centros de saúde).
> Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h, Samu 192, prontos-socorros e hospitais.
Fonte: Organização Mundial da Saúde(OMS)
Mais informações: www.setembroamarelo.com