Segurança nas escolas em Audiência Pública

CPERS debate segurança nas escolas em Audiência Pública na Assembleia Legislativa
Nesta terça-feira (23), a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa realizou Audiência Pública para debater o tema “Segurança nas escolas do Rio Grande do Sul”. A deputada Sofia Cavedon (PT) foi requerente da atividade. Representando o CPERS, o 2º vice-presidente do Sindicato, Edson Garcia, participou da atividade.
Na abertura da iniciativa, Sofia afirmou que o tema da violência nas escolas é recorrente no estado e nos últimos meses têm sido frequentes, particularmente na rede escolar de Porto Alegre. “Precisamos nos antecipar e identificar problemas e construir estratégias de apoio às escolas, professores e alunos”, sublinhou.
O 2º vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, destacou que as(os) educadoras(os) convivem diariamente com diversas formas de violências nas escolas: “Elas vão desde a violência aos profissionais de educação sem reposição salarial, sem local de trabalho em condições, sem poder atender corretamente nossos alunos, sem laboratórios e bibliotecas”, salientou.
Edson também chamou a atenção para a inexistência da patrulha escolar e do PM Amigo da Escola. “A escola não é local para violência, é local de acolhimento”, reforçou.
Edson reforçou ainda que a construção de um ambiente escolar saudável e respeitoso passa por medidas que priorizem o cuidado, a escuta e o fortalecimento da comunidade escolar.
“É importante salientar que não-violência no ambiente escolar é termos pedagogos, supervisores e orientadores educacionais. É termos um ambiente mais humanizado, sem câmeras dentro de salas de aula quando esta não for uma construção e/ou encaminhamento feito em conjunto com toda a comunidade escolar”, finalizou.
A diretora da Associação dos Trabalhadores em Educação de Porto Alegre (Atempa), Rosele Souza, advertiu que a falta de recursos humanos nas escolas motiva a violência, especialmente na falta de monitores para as(os) alunas(os) da inclusão. “Isso é uma receita para dar tudo errado. A gente vem denunciando, mas as autoridades não levam em conta, normalizando a falta de atendimento específico ou a falta de professores por problemas relacionados a sua saúde”, apontou. Ela apresentou a campanha, patrocinada pela Atempa, contra a violência nas escolas.
O CPERS defende que o combate à violência nas escolas deve ser construído a partir de políticas públicas que garantam diálogo, acolhimento e prevenção. Para o Sindicato, é fundamental investir em condições dignas de trabalho, valorização das(os) educadoras(es), fortalecimento do vínculo entre escola, estudantes e famílias, além da presença de equipes multiprofissionais que atuem no cuidado e na mediação de conflitos. Só assim será possível construir um ambiente escolar seguro, democrático e de respeito mútuo.
Informações: Agência de notícias ALRS
Fotos: Celso Bender/ALRS
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