Suspender atendimento a segurados do IPE

Suspender atendimento a segurados do IPE

Hospitais ameaçam suspender atendimento a segurados do IPE Saúde 

Médicos também reclamam da remuneração e alertam para possíveis descredenciamentos 

26/202/2024   Rosane de Oliveira

 

Lauro Alves / Agencia RBS

Segurados do IPE Saúde correm o risco de perder o acesso a hospitais privados e filantrópicos.
 
Lauro Alves / Agencia RBS

Segurados do IPE Saúde que desde o ano passado tiveram aumento substancial na mensalidade, com a cobrança dos dependentes, correm o risco de perder o acesso a hospitais privados e filantrópicos, como a Santa Casa de Porto Alegre, hoje uma espécie de porto seguro dos servidores públicos. O Mãe de Deus já expediu um comunicado informando que, a partir de abril, não atenderá mais segurados do IPE Saúde em sua unidade da Avenida Carlos Gomes. Em hospitais do Interior, como Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, o IPE Saúde está negando autorização, inclusive em casos de tratamento oncológico. 

Na semana passada, os hospitais enviaram carta ao governador Eduardo Leite (leia abaixo) avisando que a situação chegou a um ponto crítico porque os valores pagos são insuficientes para cobrir os serviços prestados.  

Para piorar a situação dos segurados, médicos descontentes com a tabela de remuneração ameaçam se descredenciar. Nesta segunda-feira (26), o Conselho Regional de Medicina (Cremers) divulgou nota pleiteando a urgente atualização dos valores de consultas e procedimentos pagos aos médicos credenciados ao IPE Saúde. Na nota, o Cremers se solidariza com as entidades hospitalares que alegam estar "pagando para atender" os segurados do IPE Saúde.  

Confira a íntegra da nota do Cremers e a carta enviada ao governo pelos hospitais: 

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) reitera a urgente atualização dos valores de consultas e procedimentos pagos aos médicos credenciados ao IPE Saúde. 

A tabela de remuneração dos serviços médicos está defasada há muitos anos, e impacta negativamente o atendimento aos pacientes. Os valores pagos aos médicos, muitas vezes são impraticáveis para garantir o trabalho médico e a manutenção dos consultórios, inviabilizando o atendimento pelo IPE Saúde. 

As recentes negociações realizadas pelo governo do Estado não foram cumpridas em sua totalidade, o que resultou no descredenciamento de profissionais de diversas especialidades e na precarização da assistência a cerca de 1 milhão de usuários. 

O Cremers entende como justa a reivindicação das entidades hospitalares e adere à urgência na revisão do modelo de remuneração, uma vez que os médicos também sofrem com os baixos valores pagos pelo IPE Saúde. 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2024.

 

FONTE:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/rosane-de-oliveira/noticia/2024/02/hospitais-ameacam-suspender-atendimento-a-segurados-do-ipe-saude-clt3knicd006401fpgu92jir8.html?fbclid=IwAR2x5Jq2vO6ZQCIJozdQucdLFxfp8xyeJ7oBoddKAgZAhhHYayM8r34LzKM 

 

 

 

IPE Saúde reajustará os valores de diárias, taxas e serviços pagos aos hospitais

Instituto apresentou novo modelo para remuneração

15/02/2024  VINICIUS COIMBRA

 

Diego Vara / Agencia RBS

IPE Saúde é o sistema de assistência à saúde dos servidores públicos do Rio Grande do Sul,
seus dependentes e pensionistas.  
Diego Vara / Agencia RBS


IPE Saúde alterou o modelo de remuneração dos hospitais credenciados ao sistema. A mudança reajusta os valores de diárias hospitalares, taxas e serviços em até 90%, conforme o instituto. O IPE Saúde afirma que os novos valores não vão causar aumentos para os usuários nem prejudicará as contas da instituição. As mudanças entram em vigor a partir de 1º de março.

As normativas foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) nos dias 1º e 5 deste mês e podem ser acessadas aqui.

Os medicamentos e as dietas serão remunerados pelo valor de mercado do princípio ativo, e não mais pela marca do laboratório, "corrigindo uma distorção e passando, assim, a apenas ressarcir os medicamentos utilizados", o que, na avaliação do instituto, segue "a legislação e as melhores práticas das operadoras de saúde no mercado".

A precificação foi baseada na Lista de Preços de Mercado (LPM), já utilizada por outras operadoras de saúde, e contou com o apoio de uma consultoria externa especializada.

Portanto, instituto assegura que o incremento da receita dos prestadores na remuneração dos serviços não altera o orçamento do IPE Saúde, uma vez que a revisão dos valores de medicamentos equilibrará o cálculo. 

"O IPE Saúde destaca que não haverá aumento de custos, nem para o IPE nem para os segurados", disse a instituição.

Novas categorias

O modelo também altera a categorização de todos os hospitais que compõem a rede credenciada. A nova classificação foi desenvolvida a partir de oito critérios referentes à assistência dos usuários: número de leitos, disponibilidade de serviços de urgência e emergência, complexidade dos serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nível de acreditação, número de serviços ofertados, volume de pacientes atendidos, adesão a convênio global e e referência regional.

Os hospitais ficarão divididos em seis grupos: A1, A2, A3, A4, B1 e B2. A categorização reflete no valor pago a título de diárias, taxas e serviços de cada entidade.

Além disso, foi realizada a compactação dos códigos de diárias e taxas – que passaram de 172 para 35 códigos –, o que, segundo o instituto, facilitará o envio das contas pelos hospitais e a auditoria por parte do instituto.

Estudos e debates

O modelo foi elaborado após cerca de um ano de estudo, feito com apoio de uma consultoria especializada. As mudanças atendem a indicativos da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e do Ministério Público Estadual (MPRS), e foi apreciado e aprovado pelo Conselho de Administração do instituto.

"O IPE Saúde, além de informar previamente seus prestadores, manteve por mais de três meses uma agenda com os hospitais considerados estratégicos, bem como com representantes das federações do mesmo segmento. A partir do diálogo mantido com os hospitais que formam a rede credenciada, ainda foram realizados pequenos, mas importantes ajustes nas normativas", disse o instituto por meio de nota.

O que dizem hospitais

Sobre o assunto, GZH contatou a Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul, Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa), Hospital São Lucas (HSL), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que, até a publicação desta reportagem, não se manifestaram sobre o tema.

FONTE:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2024/02/ipe-saude-reajustara-os-valores-de-diarias-taxas-e-servicos-pagos-aos-hospitais-clsnpion800bf017xm84ic472.html 

 

 

Instrução Normativa IPE Saúde nº 06/2024 - Dispõe sobre a Política da Lista de Preços de Mercado - LPM/IPE SAÚDE do Sistema IPE Saúde

Instrução Normativa IPE Saúde nº 05/2024 - Institui a Tabela Própria de Materiais Indenizáveis empregados nos atendimentos aos usuários do Sistema IPE Saúde.

Instrução Normativa IPE Saúde nº 04/2024 - Institui a Tabela Própria de Medicamentos do IPE Saúde e dispõe sobre a precificação de medicamentos empregados nas internações e atendimentos aos usuários do Sistema IPE Saúde.

Instrução Normativa IPE Saúde nº 03/2024 - Dispõe sobre a instituição da Tabela e Orientação Técnica de Farmaconutrientes empregados nas internações e atendimentos no Sistema IPE Saúde.

Instrução Normativa IPE Saúde nº 02/2024 - Institui a Tabela Própria de Diárias, Taxas e Serviços do Sistema IPE Saúde.

Instrução Normativa IPE Saúde nº 01/2024 - Regulamenta a categorização da rede de prestadores de serviços hospitalares do Sistema IPE Saúde.

 

FONTE:

https://www.ipesaude.rs.gov.br/instrucoes-normativas 




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