A naturalização da barbárie
"O método Damares é a naturalização da barbárie", diz João Cezar de Castro Rocha
"Ou o TSE e o MPF exigem provas das atrocidades ditas ou muito em breve as instituições perderão sentido", disse o professor da UERJ
Damares Alves e João Cezar de Castro Rocha (Foto: Reprodução)
Professor de Literatura Comparada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), João Cezar de Castro Rocha disse nesta terça-feira (11) pelo Twitter que "o método Damares Alves é a naturalização da barbárie, a perversidade tornada sistema, a corrupção da alma e da máquina administrativa". "Ou o TSE e o MPF exigem provas das atrocidades ditas ou muito em breve as instituições perderão sentido", disse.
Senadora eleita pelo Distrito Federal, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) pode ser punida por crimes relacionados à omissão. Na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), a senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou, no último sábado (8), que crianças na Ilha de Marajó (PA) seriam traficadas e teriam seus dentes "arrancados para não morderem na hora do sexo oral".
O Ministério Público Federal (MPF) deu três dias para que o governo Jair Bolsonaro explique as denúncias feitas pela ex-ministra.
A Polícia Federal negou que investiga um esquema de tráfico de crianças e de exploração sexual de menores na ilha de Marajó, ao contrário do que afirmou Damares.
MPF dá três dias para governo explicar supostos crimes contra crianças denunciados por Damares
A ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal pode ser punida por crimes relacionados à omissão caso as denúncias sejam comprovadasDamares Alves (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão deu nesta terça-feira (11), o prazo de três dias para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informar, detalhadamente, as informações recebidas nos últimos sete anos sobre tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis. A ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) pode ser punida por crimes relacionados à omissão caso as denúncias sejam comprovadas.
Na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), a senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou, no último sábado (8), que crianças na Ilha de Marajó (PA) seriam traficadas e teriam seus dentes "arrancados para não morderem na hora do sexo oral".
De acordo com um documento assinado pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, a "manifestação da ex-ministra do MMFDH foi recebida com preocupação e perplexidade, em especial porque pode se tratar de informações sigilosas às quais se teve conhecimento em razão do cargo público então ocupado".
A Polícia Federal negou que investiga um esquema de tráfico de crianças e de exploração sexual de menores na ilha de Marajó, ao contrário do que afirmou a ex-ministra.