A organização da sala de aula
Atenção, professores: a organização da sala de aula pode melhorar performance dos alunos
O design do local onde as aulas são ministradas pode favorecer o desenvolvimento de algumas habilidades nos alunos, ou não. Entenda!
Por Murillo Soares
Independentemente de você ser professor ou aluno, sabe que, quando as carteiras da sala de aula mudam de lugar, a atmosfera dessa sala também se altera. Ela pode se tornar mais atrativa, mais aconchegante e despertar diferentes sentimentos nos presentes.
Isso não é à toa. Um bom design da sala de aula pode alavancar algumas habilidades dos alunos, principalmente se eles têm ciência do que vai acontecer.
Acontece que, quando os estudantes veem toda a movimentação, uma “chavinha” muda em seus cérebros ávidos por conhecimento.
Assim, eles podem ficar mais suscetíveis a desenvolver algumas funções executivas, habilidades ligadas à gestão dos processos cognitivos.
Dentre estas funções, podemos citar:
- Memória de trabalho;
- Iniciação de tarefas;
- Organização;
- Metacognição;
- Planejamento e Priorização;
- Gerenciamento de tempo;
- Controle emocional;
- Atenção sustentada;
- Flexibilidade;
- Persistência direcionada a objetivos.
Continue a leitura e veja quatro designs de sala de aula e quatro funções executivas que serão desenvolvidas nos seus alunos.
Como organizar a sala de aula para melhorar certas habilidades dos alunos?
Memória de trabalho
Esta função executiva nada mais é do que a capacidade do aluno de reter informações para concluir uma tarefa. É como se o cérebro tivesse um lembrete que vai informar o estudante sobre o que ele deve fazer para alcançar determinado objetivo.
Para isso, o professor deve organizar a sala de aula de uma forma que oriente os alunos sobre o que fazer. Uma sugestão é colocar visuais no local que delineiem as rotinas diárias dos adolescentes.
Organização
Aqui falamos do sentido mais puro da palavra: os alunos devem ter seus materiais, corpos e pensamentos organizados e claros.
O primeiro passo é preparar o ambiente. Por exemplo, os espaços da sala precisam ser amplos ou, pelo menos, acomodar todos os alunos com folga. Também deve haver locais específicos para cada atividade, assim até quem não é da turma consegue entender o que fazer.
Neste caso, o professor precisa ser mais ativo. Para que os alunos se organizem com as tarefas e conteúdos, que tal entregá-los no início do dia? É aconselhável manter o exemplo com seu próprio material e roupas, e também organizar seus pensamentos.
Iniciação de tarefas
É o que chamamos de “proatividade” no ambiente corporativo. Os alunos precisam ser capazes de iniciar suas atividades por conta própria.
A sala deve estar organizada de forma a orientar e ajudar os alunos na hora de priorizar as etapas de uma rotina. Uma boa ideia é deixar os materiais bem marcados e acessíveis, para que eles os vejam, peguem e comecem o trabalho.
É interessante, também, evitar que os materiais distraiam os alunos e deixar à mostra apenas o essencial. Muitos pontos de atenção não fornecem um senso de prioridade aos estudantes.
Inibição
A inibição nada mais é do que a capacidade dos alunos de monitorarem o próprio comportamento.
Uma boa ideia é usar cores com propósito, por exemplo, para organizar informações. No entanto, deve-se ter cuidado para não extrapolar, pois isso pode confundir demais os estudantes.
Além disso, a sala deve ser dinâmica e criada com a ajuda dos alunos. Eles decidirão se está funcionando ou não. Ouvir a opinião deles é uma parte importante do processo.
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