Como se vê, o contágio está empenando de modo exponencial muito antes que as autoridades de saúde tenham percebido.
Nós já tínhamos falado sobre os riscos de uma avassaladora terceira onda no laboratório do genocídio, Manaus. Em fevereiro, o repórter Fábio Bispo escreveu:
“O biólogo Lucas Ferrante, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, o Inpa, avisou pessoalmente o prefeito de Manaus, David Almeida, do Avante, sobre o risco iminente de uma terceira onda de contaminação pela covid-19 na capital do Amazonas. Foi uma reunião rápida, de menos de 30 minutos. Acompanhado de três assessores, o prefeito chegou a sinalizar que poderia adotar o lockdown para salvar vidas. Mas o discurso logo mudou, e o aviso do cientista foi ignorado.
Ele e outros sete pesquisadores elaboraram um modelo epidemiológico a partir das taxas de transmissão da nova variante do vírus no Amazonas, a reinfecção por perda de imunidade apresentada em pacientes após seis meses e os cenários de vacinação e isolamento social do estado. O estudo, que será publicado em uma revista científica de renome internacional e que está em fase de revisão, sinaliza a necessidade urgente de lockdown em Manaus e aponta para uma terceira onda de contaminação mais longa e que, potencialmente, pode causar mais mortes do que a observada em 2020.“
Manaus é um emblema do governo Bolsonaro e sua gestão assassina da pandemia: aposta em imunidade de rebanho, cloroquina e ausência de vacinas. As pessoas morreram sufocadas. Teremos agora novas Manaus pelo Brasil? “Está tudo muito ruim e não vejo uma região com um cenário mais grave. O aumento de pessoas reportando sintomas é constante em praticamente todo o país”, explicou o especialista Isaac Schrarstzhaupt, coordenador na Rede Análise Covid-19, que fez o estudo com os dados do Facebook.
Caso isso aconteça, será em meio à CPI que tem obrigação de punir os responsáveis.
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