Abandono em massa da profissão docente

Abandono em massa da profissão docente

No Reino Unido: abandono em massa da profissão docente

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Talvez ainda haja, em muitos países, quem se deixe seduzir por alguns lugares-comuns que nunca deixaram de circular acerca dos professores: que trabalham poucas horas (conclusão a que se chega contando apenas a componente lectiva dos horários e ignorando todo o trabalho que se faz antes e depois das aulas, na escola ou em casa), que têm muitas férias, bons salários, sindicatos com grande poder reivindicativo. Em suma, vida boa, fácil e descansada.

Contudo, se estes mitos que a realidade desmente ainda têm o poder de atrair novos candidatos à profissão – e isso é relativamente fácil em países como o Reino Unido, onde à partida qualquer curso superior conferirá habilitação para leccionar alguma coisa, podendo a formação pedagógica ser obtida rapidamente à posteriori – já não resultam quando se trata de reter os professores no sistema: sem a carreira, as condições ou os incentivos adequados, com salários estagnados e erodidos pela inflação, milhares de professores abandonam anualmente a profissão.

No sistema britânico, como no português, as aposentações e as baixas por doença estão entre os principais motivos da falta de docentes. Mas no Reino Unido o que mais aumenta é o número dos que simplesmente desistem da profissão, procurando outro emprego menos stressante e mais compensador. Uma realidade que entre nós se tem visto sobretudo entre os professores contratados, mas que a prazo se começará a colocar com maior acuidade também aos docentes dos quadros: deslocados, mal pagos e colocados à força em escolas onde grassam a indisciplina dos alunos, a prepotência das direcções e o excesso de trabalho.

(Em escolaptwordpress.com)




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