Acabar com os “tablets”

Acabar com os “tablets”

Acabar com os “tablets” nas escolas

 

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"A Suécia decidiu acabar com os “tablets” nas escolas para regressar aos tradicionais manuais escolares em papel. A decisão é tomada com base em vários estudos que demonstram que os écrãs interativos refreiam o desenvolvimento da inteligência. A presença dos “tablets” na sala de aula estava a ser mais prejudicial do que benéfica para um saudável desenvolvimento da aprendizagem.

A notícia foi publicada esta quinta-feira, dia 1, na pág. 20 do jornal francês “Libération”. Ali se explica que os ”tablets” , mais que o livro, a fotografia ou a TV, inserem as crianças “numa realidade pré-fabricada”, da qual é subtraído o necessário enquadramento. Ora, aprender é descobrir as coisas para pensar o mundo. Ou seja, como escreve o jornal, “ter uma cabeça bem fornecida de conceitos, mais do que cheia de aplicações”.

Os estudos demonstram que a leitura em ecrã fica menos “impressa” na memória do que a leitura em papel. Depois de comentar os efeitos do “scrolling” e do tempo passado frente aos ecrãs, o artigo sublinha que a escola reclama o inverso de tudo isto: a paciência, um esforço de mudança, uma apropriação dos conteúdos por um discurso personalizado, o diálogo, o questionamento para permitir compreender o mundo.

As crianças e adolescentes não têm ainda a disciplina e o discernimento necessários para um uso razoável dos ecrãs, o que desencadeia uma subversão do processo de aprendizagem. Assim, introduzir os ecrãs nas escolas é tão aberrante como colocar aperitivos numa sessão de alcoólicos anónimos, diz-se no artigo.

Portugal está agora a introduzir computadores nas aulas de crianças com 6 e 7 anos. Talvez daqui a uma década alguém chegue à conclusão de que não é grande ideia."

 

FONTE: Braga Nossa




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