Ação contra o analfabetismo
Ação contra o analfabetismo
As limitações de quem não sabe ler vão desde tomar um ônibus por não conseguir decifrar o letreiro nem o trajeto até a impossibilidade de firmar um contrato no varejo por não poder acessar o teor do que está escrito.
Correio do Povo
O Brasil tem atualmente um contingente de quase 10 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever, o que indica que são brasileiros sem cidadania plena no cotidiano. As limitações vão desde tomar um ônibus por não conseguir ler o letreiro nem o trajeto até a impossibilidade de firmar um contrato no varejo por não poder acessar o teor do que está escrito, correndo o risco de firmar um compromisso não desejado mesmo quando sabe apenas assinar o nome. Essa lacuna representa um óbice na vida toda de quem não consegue usufruir de um benefício que deveria estar ao seu dispor, mas que, por uma série de percalços, não lhe foi possível incorporar tal habilidade.
Para combater a chaga do analfabetismo, que deve ser erradicada sem tardança, o Ministério da Educação está lançando o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O foco está em elevar a escolaridade da população a partir de 15 anos de idade que não tenha acessado ou concluído o ensino fundamental e médio, fazendo com que aqueles que não leem nem escrevem consigam superar essa adversidade. Durante um encontro com prefeitos e prefeitas, o presidente Lula fez um chamado para que eles sejam parceiros nessa iniciativa, já que os entes municipais são aqueles que participam mais diretamente da vida das comunidades, conhecem suas carências e estão mais perto dos moradores dos seus municípios.
A qualificação da educação no Ensino Básico é fundamental, inclusive com uma atenção especial para aqueles brasileiros e brasileiras que não puderam avançar nos estudos de acordo com a sua faixa etária, muitos por terem de ajudar suas famílias na luta pela sobrevivência. Quando o assunto é educação, o país ostenta índices constrangedores no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse panorama é ruim para a ciência, para a indústria, para a cultura, entre outros segmentos, e limita o país na sua meta sempre adiada de alcançar o pleno desenvolvimento.
FONTE:
https://www.correiodopovo.com.br/opiniao/editorial/a%C3%A7%C3%A3o-contra-o-analfabetismo-1.1501383