Ação para manter matrículas do 6º ano

Ação para manter matrículas do 6º ano

Defensoria Pública ajuíza ação para manter matrículas do 6º ano em escolas municipais

Transição para escolas estaduais foi anunciada recentemente por Estado e Município

Sul 21 -  sul21@sul21.com.br

Foto: Bettina Gehm/Sul21
Foto: Bettina Gehm/Sul21

 

Após a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (Smed) decidir que deixará de oferecer o ingresso no 6º ano do Ensino Fundamental em 12 escolas a partir do ano letivo de 2026, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) ajuizou, na tarde desta segunda-feira(27), uma Ação Civil Pública (ACP) para que o Município mantenha as matrículas abertas em toda a rede municipal. A medida impactará 804 alunos, sendo 80 com cadastro de Necessidades Educativas Especiais e 252 que possuem irmãos nas escolas em que estudam.

Leia mais:
Entenda o fechamento de turmas do Ensino Fundamental em escolas de Porto Alegre

Conforme decisão do Município, as turmas do 6º ano que antes seriam oferecidas em escolas municipais, serão absorvidas por instituições estaduais.

A partir disso, o Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (Nudeca) foi demandado por famílias, Conselho Tutelar e Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa). Segundo as entidades, a medida foi tomada sem a devida transparência, sem participação da comunidade escolar e sem divulgação pública dos critérios técnicos e pedagógicos que a fundamentaram.

Com o objetivo de solicitar esclarecimentos sobre a decisão, o número de escolas e alunos atingidos, os critérios utilizados e eventuais medidas de mitigação, a Defensoria expediu ofícios à Smed, que não deu retorno dentro do prazo estipulado.

A Defensoria argumenta que a decisão compromete o processo pedagógico de transição entre os anos iniciais e finais do ensino fundamental, momento de grande sensibilidade no desenvolvimento educacional, além de aumentar o risco de evasão escolar. A medida é capaz de romper vínculos comunitários e familiares, impactando diretamente a rotina de famílias com mais de um filho matriculado na mesma escola.

Entre outras coisas, a DPE sustenta que a medida evidencia uma violação ao direito fundamental à educação, à continuidade escolar e aos princípios da publicidade e da transparência.

A Defensoria pede a suspensão da decisão administrativa até que a Smed apresente um plano detalhado e transparente de reorganização da rede, com ampla divulgação e participação da comunidade escolar, no prazo máximo de 10 dias.

 

FONTE:

https://sul21.com.br/noticias/educacao/2025/10/defensoria-publica-ajuiza-acao-para-manter-matriculas-do-6o-ano-em-escolas-municipais/ 




ONLINE
28