Acesso a tratamentos na OMS
Brasil é deixado de fora de aliança sobre acesso a tratamentos na OMS
A OMS realizou nesta sexta-feira uma reunião de alto nível com alguns dos principais presidentes e lideranças mundiais para criar uma nova aliança internacional. Chefes de Estado e de governo de uma dezena de países, incluindo Alemanha e Franca, participaram no lançamento; Fundação Bill e Melinda Gates, Aliança Global de Vacinação Gavi e Cruz e Crescente Vermelho também são parceiros; partilha de informação e recursos deve acelerar combate à pandemia.
A iniciativa visa acelerar a produção e distribuição de tratamentos para lidar com a pandemia e garantir a chegada de uma vacina no mercado em um tempo recorde, com um fundo de mais de R$ 45 bilhões, para financiar a distribuição de remédios e produção, além de fortalecimento dos sistemas públicos e toda a resposta contra a doença.
Mas o Brasil, que historicamente liderou o assunto de acesso a medicamentos, não participou com sua cúpula política, e parte do governo sequer sabia do mega-evento, num sinal da irrelevância que a diplomacia nacional ganhou.
O evento marca um compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja criada será alvo de um esforço internacional para que seja disponibilizada a todos os países.
O diretor-geral da ONU, Tedros Adhanom, disse que o mundo precisa dessas ferramentas. E precisa delas rapidamente. Já o secretário geral da ONU, António Guterres, afirmou que “Acabar com a pandemia exige um esforço de saúde pública mais maciço da história do mundo, desde a Segunda Guerra Mundial”.
De acordo com Emmanuel Macron, presidente da França, a luta contra a pandemia exige um papel central para a OMS, apoiar sistemas públicas de saúde, testes e tratamentos. Mas indicou que o projeto tem como objetivo principal acelerar a chegada de uma vacina. Segundo ele, não haverá desculpa para que uma vacina fique apenas no país onde foi inventada. Veja a reportagem completa no vídeo.
Brasil fica de fora da aliança da OMS para uma vacina contra o coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, nesta sexta-feira (24), um encontro com lideranças mundiais para formar uma nova aliança em relação à descoberta e distribuição de medicamentos e vacina contra o novo coronavírus. O Brasil, contudo, não participou do evento.
Segundo a coluna de Jamil Chade, do Uol, parte do governo brasileiro sequer sabia sobre a reunião, sendo que o país já foi líder na discussão de medicações e tratamentos.
O evento foi coordenado pela OMS e liderado pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Além disso, contou com a presença de personalidades como Bill Gates, representantes de empresas de farmácia mundiais, lideranças de diversos países e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A reunião determinou o compromisso de que qualquer vacina ou tratamento descobertos ao redor do mundo seriam motivo para um esforço internacional com foco em garantir sua distribuição ao redor de todo o mundo. Também foi lançado um fundo de R$ 8 bilhões para investir em produção e distribuição de remédios e no fortalecimento dos sistemas de saúde.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, reforçou que é essencial garantir a distribuição mundial de uma vacina e não cometer os mesmos erros do passado. Já Macron afirmou que a ação representa líderes que “decidiram agir concretamente para criar uma parceria inédita” e lembrou a esperança de reconciliar Estados Unidos e China com a proposta.
Já a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou a importância da liderança da OMS para fortalecer os sistemas de saúde e orientar os países na luta contra a Covid-19.
Sem preocupações diplomáticas, Bolsonaro já ofendeu tanto o presidente francês quanto o líder da OMS, em discursos e manifestações nas redes sociais.