AMPD sobre retorno presencial
Nota da AMPD sobre retorno presencial em agosto de 2021
Porto Alegre, 31 de julho de 2021.
A Associação Mães e Pais pela Democracia ainda vê com cautela e preocupação a volta às aulas presenciais, embora a taxa de ocupação das UTIs e a mortalidade pela COVID-19 tenha reduzido em comparação ao período de suspensão das aulas em bandeira preta no RS entre fevereiro e março de 2021 a partir da nossa Ação Civil Pública.
Houve avanços institucionais com as mais de 20 audiências de conciliação entre governos, sindicatos e AMPD no CEJUSC, tais como: a criação do COE em Porto Alegre e vacinação de professores e profissionais da educação. No entanto, preocupa, conforme dados apresentados pela Central Escolas, Porto Alegre, que em 30% dos casos nas escolas tenha havido recusa de coleta e que os testes não sejam em massa e sistemáticos para evitar surtos e quarentenas de escolas como vimos no interior e nas escolas públicas municipais, especialmente, mesmo com reduzido retorno de alunos.
Da mesma forma, nos preocupa a imposição de retorno ao presencial aos alunos, sem alternativa de ensino remoto ou com essa modalidade bastante relegada frente ao presencial. Sabemos dos enormes déficits gerados pelo apagão educacional e pela ausência de políticas públicas de proteção social, mas para ser realmente seguro o retorno às aulas de estudantes que não estão vacinados é necessário a baliza de indicadores claros, com capacidade de testagem e rastreamento dos casos de COVID-19 e EPIs garantidos pelo poder público e escolas. Além disso, precisa ser mantida a distância de 1,5m entre os estudantes e a máscara adequada.
É frio. Todo cuidado é pouco e a transparência pode mitigar o risco e também o medo frente à pandemia da COVID-19 que ainda tem média móvel de 1.031 óbitos por dia no Brasil e o total de 556.310 vítimas fatais, a maioria das mortes poderia ter sido evitada com governos responsáveis.
Diretoria
Associação Mães e Pais pela Democracia