Ampliar isenção do Imposto de Renda
Proposta de Lula para ampliar isenção do Imposto de Renda pode beneficiar mais de 96% dos trabalhadores da educação gaúchos
Foto destaque: José Cruz/Agência Brasil
Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o reajuste da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A ideia é ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil — hoje, esse limite é de R$ 1.903,98, mas esse valor não é atualizado desde 2015.
Em estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido do CPERS, a alteração poderá impactar diretamente mais de 180 mil educadores(as), da ativa e aposentados(as), da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul.
>> Confira aqui a íntegra do estudo
Segundo o Departamento, há uma defasagem na tabela de cálculo do imposto de renda no Brasil de 134,65%, desde 1996.
Entenda a proposta de Lula
Uma das principais propostas da campanha, a correção desta tabela é considerada uma necessidade urgente e está na lista de medidas a serem implementadas ainda no primeiro ano de governo.
Embora a proposta careça de detalhes, o Dieese elaborou uma simulação considerando a tabela vigente e corrigindo-a de forma que a primeira faixa isenta seja de até R$ 5 mil, conforme divulgado.
Confira abaixo a tabela simulada:
Considerando a tabela simulada incidindo sobre a remuneração bruta de outubro de 2022, dos atuais 188 mil servidores(as) vinculados à Secretaria de Educação (Seduc), pelo menos 182 mil educadores(as) serão beneficiados de alguma forma pela mudança.
Cerca de 110 mil deixarão de pagar Imposto de Renda e outros 72 mil poderão ter redução na retenção de IR no contracheque.
Também elaborado pelo Dieese, você pode conferir, abaixo, um exemplo de educador(a) que recebe remuneração bruta (já descontada a previdência) de R$ 5 mil e que, atualmente, retém na fonte R$ 505,64. Com a mudança na tabela, esse servidor ou servidora não terá retenção e, portanto, um aumento no líquido de 11,3%.
Além dos educadores(as), a proposta do governo eleito deve trazer benefícios para milhares de outros trabalhadores(as) brasileiros, que – com o aumento dos preços – sentem diariamente o impacto do alto desconto no bolso.