Hoje (14), atos por todo o país cobram que o Congresso Nacional escute a demanda popular contra o PL da Dosimetria, que reduz consideravelmente as penas aos condenados pela tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na avenida Paulista, em São Paulo (SP), políticos e artistas participaram do ato, como José Genoino (PT-SP), Erika Hilton (Psol-SP), Ediane Maria (Psol-SP), Chico César e Zélia Duncan.

Chico César fez uma apresentação artística no ato e cobrou os presidentes da Câmara e do Senado. “O Congresso não pode fazer qualquer coisa, o povo está vigilante, a democracia participativa é isso, a força das ruas”, celebrou. Ao se referir a Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil), disse que o Brasil está “envergonhado”.

Zélia Duncan disse acreditar na força das ruas e reforçou a necessidade de protestar e de escolher melhor os políticos nas eleições. O ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoíno, destacou a importância dos atos para enfrentar as posições conservadoras do Congresso.

“Anistia disfarçada” ou “anistia light” foram os apelidos mais escutados para se referir ao PL da Dosimetria. A extrema direita tentou avançar em um projeto de lei que garantisse liberdade total aos condenados pela tentativa de golpe, mas a proposta que avançou foi a que reduz as penas impostas.

Caso o PL passe no Senado Federal, Bolsonaro ficaria pouco mais de dois anos preso de fato, e depois cumpriria a condenação em casa. Ele foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O presidente Lula (PT) afirmou nesta semana que só decidirá se vai sancionar o PL da Dosimetria quando o texto chegar ao Palácio do Planalto.