Arrocho para Educação e Saúde
Privilégio para gastos com a Dívida e arrocho para Educação e Saúde
Em 2023, apenas até o dia 18 de julho, já foram gastos R$ 1,356 TRILHÃO com juros e amortizações (pagamento do principal) da dívida pública federal, o que representa 52% de todos os gastos federais. Isso significa que foram gastos com a dívida pública – que beneficia principalmente grandes bancos e investidores – mais recursos que o montante gasto com a SOMA de todas as áreas sociais, as quais beneficiam toda a população brasileira.
Apesar do governo afirmar que o gasto com juros teria sido de apenas R$ 130 bilhões (e todo o restante seria referente a gasto com “amortizações”), na realidade o governo contabiliza grande parte dos juros como se fossem “amortizações” (“rolagem” ou “refinanciamento”).
A Auditoria Cidadã da Dívida estima que o gasto com juros nos primeiros 6 meses de 2023 foi quase 4 vezes maior que o informado pelo governo, ou seja, R$ 468 bilhões.
Essa estimativa foi calculada a partir da multiplicação do estoque da Dívida Pública Federal no início de 2023 e pela taxa média anual de juros dos primeiros 5 meses do ano (janeiro a maio), ampliada para 6 meses.
É preciso atentar para o fato de que as amortizações como um todo devem ser consideradas no cômputo do privilégio da dívida, uma vez que são recursos que poderiam estar sendo destinados a áreas sociais, porém, o Sistema da Dívida absorve todas as receitas obtidas com a venda de novos títulos.
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