As viúvas de Bolsonaro!

As viúvas de Bolsonaro!

As viúvas de Bolsonaro!

O senador Rogério Marinho do PL do Paraná, pretende ser a nova face “humana e civilizada” dessa escória que ainda retroalimenta o bolsonarismo. Sim ele quer ser apontado como uma das “viúvas de Bozo”, politicamente, e a opção presidencial para 2026!

Marinho se tornou um caricato extremista de direita, a “direita” que pensa liderar em 2026 com Bolsonaro inelegível. Mas, como se vê, é tarefa impossível por sua insignificância de farsante da direita (neo-nazi) liberal, mais neofascista e neonazista do que nunca.

Num oportunismo tacanho, sabendo que o líder do Senado, Rodrigo Pacheco, também espera uma retratação por parte de Barroso, ele fez o seu “teatro”. Pacheco criticou as declarações "em relação a um segmento político, uma ala política, à qual eu não pertenço"… Essa definição do presidente do Senado parece seguir o conceito de "banalidade do mal", criado pela escritora Hannah Arendt.

“Que esse erro não se repita: o bolsonarismo não é apenas um segmento político ou uma ala política, como disse Pacheco. É uma corrente autocrática, que tem como objetivo detonar a democracia!”

Outro oportunismo vem da oposição bolsonarista vai pedir um impeachment do ministro do STF. Nessa onda, o senador Rogério Marinho, líder da oposição, roubou a cena ontem ao fazer de tudo para demonizar a fala recente de Barroso, ministro do STF, e se lançar como âncora da direita e extrema-direita.

Em evento da UNE, na quarta, Barroso afirmou: "Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas". Era evidente que Barroso se referia ao golpismo, não àqueles que se identificam com a oposição. Ele se refere a uma corrente que é a favor da barbárie e contra as instituições democráticas.

Sabem o sentimento de vergonha alheia? Marinho perdeu as noções de limite, ridículo e compostura. Quando chegou a sua vez de falar, eis que Marinho, começou a chorar. Seu pai, presente à sessão (o ex-senador Valério Djalma Cavalcanti Marinho), então se levanta para abraçá-lo. Os demais correligionários o aplaudem.

Na farsa rocambolesca, tentou passar que comoveu-se ao pensar nos golpistas que ainda estão atrás das grades. Que fofo, não? Em defesa de quem, mesmo, discursava este senhor tão distinto? Dos golpistas que promoveram o mais violento ataque da história às instituições em tempos democráticos.

Não consta que este senhor tenha derramado uma miserável lágrima pelos mais de 800 mil encarcerados no país — 40% sem sentença com trânsito em julgado. Durante a pandemia, quando seu chefe político aderiu à necropolítica, o número passou dos 900 mil. Trata-se da terceira maior população carcerária do mundo, e muitas centenas de milhares em condições insalubres.

Boa parte está confinada em masmorras, muito longe das condições salubres em que se encontram os que tentaram pôr fim à democracia, sob o silêncio cúmplice de gente como... Rogério Marinho. Este senhor foi às lágrimas para se oferecer como uma alternativa da extrema-direita em 2026. Mais uma evidência de que não tem noção de limites. Nem dos próprios.

O seu aparente discurso em defesa da liberdade e da tolerância quer inocular na sociedade, ao contrário do que diz, a cultura do ódio. Os que não estão com Marinho, Bolsonaro e sua turma seriam, então, adversários da família, da religião, da liberdade, do livre arbítrio e da propriedade.

Ele demoniza como se fossem adversários da família, da religião e da propriedade os que não estão com ele para, hipocritamente, pregar a "tolerância, a normalidade e o estado de direito"… Enfim, meras falácias de um farsante da política de direita, querendo virar popstar dela. E tirar proveitos futuros. Cai quem quer ou é parte dessa hipnotizada horda apodrecida do tecido social, que é golpista e aliada da extrema-direita.

Bolsonaro chegou ao poder pelo voto, mas desde o início do mandato de presidente passou a fazer campanha para implodir o sistema eleitoral. Falou e agiu para armar a população, insuflou simpatizantes a atacarem as instituições, ameaçou confrontar o Judiciário. Perdida a eleição, incentivou o clima de golpismo que resultou no 8 de Janeiro. Seus seguidores só não deram um golpe de Estado porque não conseguiram o apoio total das Forças Armadas.

Além disso, um traço comum dos bolsonaristas (a parte radical dos eleitores de Bolsonaro) é enxergar adversários políticos como inimigos a serem exterminados. São recorrentes entre eles o racismo, a misoginia, a homofobia. Visto assim, o bolsonarismo é irmão do fascismo, do integralismo e do nazismo. Não tem nada de democrático. O caráter totalitário é da natureza do bolsonarismo, da mesma forma como é do nazismo e do fascismo, disso não há mais dúvidas. A versão tupiniquim do Tradicionalismo nascido em solo americano é um câncer em metástase a ser combatido.

Um dos principais erros e motivos de a democracia brasileira ter corrido grande risco nos últimos anos foi justamente o fato de tantos terem minimizado os gestos e declarações de Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Basta lembrar a relutância em tratar Bolsonaro como alguém de extrema-direita e aluado de correntes nebulosas extremistas. Um erro colossal!

A História se repete? Não de forma cartesiana, nem cronologicamente, muito menos com os mesmos personagens protagonistas. Mas muitas vezes o enredo, a teia e a trama, o tema e o “teatro”, as farsas e as falas, são tão similares que assustam. O que dá até para dizer, invertendo o raciocínio, é que:

“A História se repete, em similaridades nos enredos humanos, mudam apenas os personagens, lugar e a cronologia dos fatos”.

Até porque o “pão e circo” romano é moeda de apaziguar e governar, é cíclico, é fato! Karl Marx citou: �"Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como possível tragédia, a segunda como perigo e farsa." Finalizamos com a verdade: ainda não nos livramos da estupidez do bolsonarismo, e de tratá-lo com abrandamentos e casuísmos, como se fosse só uma corrente política. O risco sempre será iminente e uma bomba-relógio! Existe bolsonarismo democrático? Não… não existe! E por isso precisa ser combatido. Acordem dessa comédia dantesca, porque é tragédia!

ZTPM

Baseado em texto de:

Reinaldo de Azevedo   e    Chico Alves

Detrás Dosmontes 




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