Ataques de ódio em escolas
Ataques de ódio em escolas: estudante negro de colégio tradicional de SP denuncia postagens racistas. 'Luto pela justiça. Luto pelo amor', diz
Assim que saiu o resultado das urnas, Antônio, de 15 anos, foi adicionado a um grupo de alunos que trocava mensagens de ódio e preconceito, com citações nazistas, mas ele reagiu e denunciou os ataques que sofreu na escola.
Por Fantástico -
O discurso de ódio presente nos atos golpistas da semana também foi ouvido em escolas de alto padrão. Em São Paulo, o estudante Antônio, de 15 anos, reagiu ao ver colegas, insatisfeitos com o resultado da eleição, divulgando mensagens racistas e de apologia ao nazismo. Ele decidiu tomar uma atitude.
A indignação do garoto começou na noite do domingo (30). Assim que saiu o resultado da eleição presidencial, ele recebeu um alerta no celular. Tinha acabado de ser adicionado a um grupo: Fundação Antipetismo.
A escola é o colégio Visconde de Porto Seguro, um dos mais tradicionais de São Paulo. Antônio e os outros adolescentes do grupo estudam na unidade de Valinhos, a 90 quilômetros da capital. A mensalidade custa até R$ 4 mil.
A instituição, fundada por imigrantes alemães no final do século XIX, tem currículo internacional, com aulas em português, inglês, alemão e espanhol.
“Comecei a ver as mensagens do grupo e achei mensagens nazistas, mensagens racistas, machistas. Todo tipo de preconceito tinha lá”, denuncia Antônio.
Alguém no grupo se apresenta: "Neonazistas do Porto", com um emoji apaixonado. Outra pessoa responde: "antipetistas".
“Por eu ser preto, ao ler mensagens assim me sinto atingido diretamente. Quando eles fazem menções ao nazismo, isso também ataca a minha raça, porque o que aconteceu no nazismo foi um ataque não só a judeus, mas a diversos grupos sociais, tanto negros quanto mulheres”, relata o estudante.
No mesmo dia em que Antônio falou com a direção, os colegas organizaram um ato dentro da escola xingando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O discurso de ódio presente nos atos golpistas da semana também foi ouvido em escolas de alto padrão. Em São Paulo, o estudante Antônio, de 15 anos, reagiu ao ver colegas, insatisfeitos com o resultado da eleição, divulgando mensagens racistas e de apologia ao nazismo. Ele decidiu tomar uma atitude.
A indignação do garoto começou na noite do domingo (30). Assim que saiu o resultado da eleição presidencial, ele recebeu um alerta no celular. Tinha acabado de ser adicionado a um grupo: Fundação Antipetismo.
A instituição, fundada por imigrantes alemães no final do século XIX, tem currículo internacional, com aulas em português, inglês, alemão e espanhol.
“Comecei a ver as mensagens do grupo e achei mensagens nazistas, mensagens racistas, machistas. Todo tipo de preconceito tinha lá”, denuncia Antônio.
Alguém no grupo se apresenta: "Neonazistas do Porto", com um emoji apaixonado. Outra pessoa responde: "antipetistas".
“Por eu ser preto, ao ler mensagens assim me sinto atingido diretamente. Quando eles fazem menções ao nazismo, isso também ataca a minha raça, porque o que aconteceu no nazismo foi um ataque não só a judeus, mas a diversos grupos sociais, tanto negros quanto mulheres”, relata o estudante.
No mesmo dia em que Antônio falou com a direção, os colegas organizaram um ato dentro da escola xingando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
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