Atos antidemocráticos

Atos antidemocráticos

Pode ser uma imagem de 11 pessoas, pessoas em pé, multidão, ao ar livre e texto que diz

Reportagem publicada hoje no Uol por Eduardo Militão e Rafael Neves mostram interferências no processo que investiga atos antidemocráticos. A delegada responsável pela Operação Lume, Denisse Ribeiro, foi retirada da investigação 14 dias depois de pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma busca e apreensão no Palácio do Planalto, sede do governo federal.

Ela buscava encontrar provas de que agentes públicos distribuíam verbas do governo para canais de extrema direita simpáticos ao presidente que organizaram atos que tinham como mote principal o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo e a reedição do Ato Institucional número 5 (AI-5).

A operação tinha por objetivo realizar busca e apreensão na Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, os endereços do secretário de Comunicação Fábio Wajngarten e canais bolsonaristas do YouTube.

Dessa maneira, a operação objetivava encontrar provas de que agentes públicos distribuíam verbas do governo para canais de extrema direita simpáticos ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que organizaram atos que tinham como mote principal o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo e a reedição do Ato Institucional número 5 (AI-5).

Depois que a delegada enviou o pedido ao STF, o presidente Jair Bolsonaro, oito dias depois, teve encontro com André Mendonça, à época ministro da Justiça, pasta a qual a PF responde. No dia 6 de julho, Mendonça se encontrou com o então diretor-geral da PF, Rolando Alexandre Souza.

Após essas reuniões, o diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Igor Romário, transferiu, por ordem de Souza, a investigação do setor de Denisse para o Serviço de Inquéritos. O que, consequentemente, tirou a delegada da Operação Lume.




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