Brasil em crise, empobreceu
BRASIL EM CRISE – COMO BOLSONARO E PAULO GUEDES EMPOBRECERAM O PAÍS
1. TUDO CARO, DESDE ANTES DA PANDEMIA. E COM BOLSONARO, O BRASIL TEVE UMA DAS MAIORES INFLAÇÕES DO MUNDO
Bolsonaro constantemente culpa a pandemia pela inflação no país, mas os preços já estavam aumentando desde 2019. Os constantes ataques de Bolsonaro à ordem democrática e sua condução desastrosa na pandemia levaram o país a uma crise econômica sem precedentes. Hoje, o Brasil tem uma das maiores inflações do G20, a maior em quase 30 anos. O povo ficou sem dinheiro para comida, e passou a comprar botijão de gás parcelado.
- Com carne cara, Bolsonaro sugere: "Compre 1kg de tainha e ganhe 1 tubaína" (UOL, dezembro de 2019)
- Inflação oficial fecha 2019 em 4,13% e fica acima do centro da meta (G1 Economia, janeiro de 2020)
- Preço da carne subiu 32,4% em 2019 (Congresso em Foco, janeiro de 2020)
- IPCA: preço da carne foi responsável pelo aumento da inflação em 2019 (Agência Brasil, janeiro de 2020)
- Feijão, arroz e carne: prato feito fica 43,4% mais caro em 2020 (Correio do Povo, fevereiro de 2021)
- Inflação já é quase o dobro da registrada no 1º ano de Guedes (R7, outubro de 2021)
- Inflação no Brasil é a 3ª maior entre as principais economias do mundo. Ranking mostra variação de preços em território nacional em 2021 atrás apenas da Argentina e da Turquia (R7, janeiro de 2022)
- Em três anos, cesta básica fica 48% mais cara e itens sobem até 153%. O aumento de preços no grupo de alimentos essenciais para o brasileiro foi o dobro da inflação acumulada no mesmo período (R7, março de 2022)
- O preço do gás chega a R$ 150 e revendedores parcelam botijão em São Paulo. (Folha de S. Paulo, março de 2022)
- Brasil registra para março a maior inflação em 28 anos. Preços subiram 11,30% no acumulado dos últimos 12 meses (Agência Brasil, março de 2022)
- Com a inflação acelerada, brasileiros perdem conquistas que vieram com o Plano Real (Estadão, abril de 2022)
- Brasil tem a maior inflação dos últimos 26 anos em um mês de abril (G1, maio de 2022)
- Aumento nos preços dos alimentos pesa sobre poder de compra do salário mínimo (Valor Investe, agosto de 2022)
- Brasil tem 4ª maior inflação entre principais economias (Folha, agosto de 2022)
2. CULPA DE BOLSONARO E PAULO GUEDES, QUE ATUARAM PARA DEIXAR O DÓLAR MAIS CARO E DESVALORIZAR O REAL. COM DÓLAR ALTO, TUDO FICA MAIS CARO
Um dos principais causadores da inflação no país é a alta do dólar (trigo, arroz, carne, gasolina e café são cotados em dólar). Bolsonaro, através de seus constantes ataques à democracia, junto a Paulo Guedes, promoveram a desvalorização do real e mantiveram o dólar caro ao longo de todo o governo. O próprio Guedes afirmou, diversas vezes, que a desvalorização do real era proposital. E quem ganha com isso? Paulo Guedes, com sua offshore, e meia dúzia de exportadores do agronegócio, que criam pouquíssimos empregos e que se beneficiam com o dólar nas alturas. Enquanto isso, o povo, sem dinheiro, passa fome no Brasil.
Dólar em 04/01/2019: R$3,71
- Dólar bate recorde no governo Bolsonaro e BC atua para conter alta (Correio Braziliense, maio de 2019)
- Dólar ultrapassa R$ 4,18 e atinge 2º maior valor desde a criação do real (Poder 360, novembro de 2019)
- 'É bom se acostumar com o câmbio mais alto por um bom tempo', diz Guedes (Estadão, novembro de 2019)
- Declarações de Guedes causam novo recorde no dólar (Correio Braziliense, novembro de 2019)
Dólar em 03/01/2020: R$4,07
- Brasil registra em 2019 a maior saída de dólares nos últimos 38 anos (Poder 360, janeiro de 2020)
- Guedes, sobre dólar alto: "empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada" (Valor, fevereiro de 2020)
- Se eu fizer muita besteira, dólar pode ir a R$ 5, afirma Guedes (Valor, março de 2020)
- Dólar fecha acima de R$ 5 pela 1ª vez na história (Folha, março de 2020)
- Real é a moeda com o pior desempenho no mundo em 2020 (G1, outubro de 2020)
Dólar em 01/01/2021: R$5,19
- Real é a moeda mais desvalorizada dentre os países emergentes durante a pandemia (iG, abril de 2021)
- Valorização do dólar pressiona inflação e encarece itens de consumo (Correio Braziliense, setembro de 2021)
- Real está entre 40 moedas com pior desempenho ante dólar em 2021 (CNN, outubro de 2021)
- Paulo Guedes tem offshore ativa em paraíso fiscal (Poder 360, outubro de 2021)
- Fortuna offshore de Paulo Guedes aumentou R$ 14 milhões com alta do dólar (O Povo, outubro de 2021)
- Guedes diz que dólar alto é bom para estimular investimentos no Brasil (UOL, novembro de 2021)
Dólar em 03/01/2022: R$5,68
Fortalecimento do dólar traz mais inflação e reduz PIB potencial do Brasil (Folha, julho de 2022)
3. O BRASIL TINHA UMA FERRAMENTA PARA SEGURAR PREÇOS DE ALIMENTOS: OS ESTOQUES REGULADORES. EM VEZ DE UTILIZÁ-LOS NA PANDEMIA, BOLSONARO OS ESVAZIOU
Considerado um dos “celeiros do mundo”, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta. Durante anos, manteve um estoque regulador, que serve para controlar preços, evitar altas bruscas nos alimentos ou a escassez de itens essenciais. Durante o governo Bolsonaro, os estoques foram completamente esvaziados – usando a desculpa de que é caro mantê-los – , deixando o país suscetível às flutuações do mercado e ao aumento dos preços.
Brasil esvazia estoques de alimentos e perde ferramenta para segurar preços (UOL, setembro de 2020)
Governo zera estoques de trigo mesmo com fome e guerra de fornecedores (Jornal Extra, julho de 2022)
4. A VERDADE SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL, AUXÍLIO BRASIL E OUTROS PROGRAMAS ASSISTENCIAIS: BOLSONARO SEMPRE CRITICOU O BOLSA FAMÍLIA, E FOI CONTRA O AUXÍLIO DE R$ 600 PROPOSTO PELA OPOSIÇÃO
Sempre crítico do Bolsa Família, Bolsonaro queria auxílio emergencial de R$ 200 e passou a boicotar o valor de R$ 600 que a oposição propôs durante toda a pandemia. Em 2021, acabou com o Bolsa Família para criar o Auxílio Brasil, e mais uma vez foi contrário ao valor de R$ 600 proposto pela oposição. Às vésperas da eleição, esqueceu o discurso de arrocho fiscal que adotou durante todo o governo e aumentou temporariamente o Auxílio Brasil para R$ 600, valor defendido pela oposição desde 2020. E depois ainda disse que a oposição foi contra o aumento, o que é mentira.
O QUE BOLSONARO PENSAVA SOBRE O BOLSA FAMÍLIA
- "O Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder" (Jair Bolsonaro, 2010)
- "Devemos discutir aqui a questão do Bolsa Família. Devemos colocar um fim, uma transição para o Bolsa Família, porque, cada vez mais, pobres coitados, ignorantes, ao receberem Bolsa Família, tornam-se eleitores de cabresto do PT" (Jair Bolsonaro, 2011)
- “O Bolsa Família é uma mentira, você não consegue uma pessoa no Nordeste para trabalhar na sua casa. Porque se for trabalhar, perde o Bolsa Família” (Jair Bolsonaro, 2012)
- “O cara tem 3, 4, 5, 10 filhos e é problema do Estado. Ele já vai viver de Bolsa Família, não vai fazer nada. Não produz bens nem serviços, não colabora com o PIB, não produz nada" (Jair Bolsonaro, 2015)
- “Para ser candidato a presidente tem de falar que vai ampliar o Bolsa Família, então vote em outro candidato. Não vou partir para demagogia e agradar quem quer que seja para buscar voto." (Jair Bolsonaro, 2017)
- "Bolsa-farelo e "voto de cabresto": As contradições de Bolsonaro sobre o Bolsa Família (Congresso em Foco, agosto de 2021)
- Antes de defender aumento, Bolsonaro atacava Bolsa Família e já pregou fim do programa (O Povo, setembro de 2021)
- Bolsonaro: Beneficiários do Bolsa Família 'não sabem fazer quase nada' (UOL, outubro de 2021)
- Há 22 anos, Bolsonaro foi único deputado contra Fundo de Combate à Pobreza (Correio Braziliense, julho de 2022)
A VERDADE SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL E O AUXÍLIO BRASIL: OPOSIÇÃO SEMPRE PROPÔS QUE O VALOR FOSSE R$ 600. BOLSONARO ERA CONTRA
- Guedes anuncia auxílio de R$ 200 mensais a trabalhadores informais (R7, março de 2020)
- Câmara aprova auxílio de R$ 600 para pessoas de baixa renda durante epidemia (Agência Câmara de Notícias, março de 2020)
- Bolsonaro diz que vetará extensão do auxílio emergencial se Congresso fixar valor em R$ 600 (G1, junho de 2020)
- Oposição defende auxílio emergencial permanente com taxação de grandes fortunas. Propostas de partidos e da sociedade civil contrastam com ideia do governo (Brasil de Fato, agosto de 2020)
- Bolsonaro reclama de valor do auxílio emergencial de R$ 600 durante live (Correio Braziliense, agosto de 2020)
- Governo estende auxílio emergencial por 4 meses com R$ 300, metade do valor (UOL, setembro de 2020)
- Oposição critica corte nas parcelas adicionais do auxílio: 'Significa fome' (UOL, setembro de 2020)
- Oposição defende auxílio de R$ 600 até o fim do ano (UOL, outubro de 2020)
- Auxílio emergencial é encerrado (Valor Investe, janeiro de 2021)
- Auxílio emergencial volta a ser pago em 2021. Valores do benefício vão de R$ 150 a R$ 375, bem abaixo dos pagamentos entre R$ 300 e R$ 1.200 do ano passado (O Globo, abril de 2021)
- Bolsonaro diz não poder renovar auxílio: "Contas estão no limite do limite" (Correio Braziliense, outubro de 2021)
- Auxílio Emergencial chega ao fim e deixa 22 milhões sem benefício (IstoÉ, outubro de 2021)
- PT defende auxílio de R$ 600 e alerta que recursos não podem vir do calote nos precatórios (PT na Câmara, novembro de 2021)
- Lei do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, é sancionada com vetos (Estado de Minas, dezembro de 2021)
- PSOL propõe Auxílio Brasil de R$ 600 (PSOL, no Twitter; Sâmia Bomfim, em Vídeo; abril de 2022)
- Governo Bolsonaro conta com Lira para barrar Auxílio Brasil de R$ 600 proposto pela oposição (Exame, abril de 2022)
- Flávio Bolsonaro: 'Quem recebe R$ 400 de Auxílio Brasil não passa fome' (Correio Braziliense, junho de 2022)
- Câmara aprova Auxílio Brasil de R$ 600 só até o fim de 2022. Oposição apresentou emendas para tornar permamente o aumento de R$ 400 para R$ 600 no benefício, mas o pedido foi rejeitado (Metrópoles, julho de 2022)
- Esquerda propôs Auxílio Brasil de R$ 600 permanente, mas governo orientou base a votar contra no Congresso. Ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro em entrevista, partidos da oposição propuseram elevação permanente do programa de transferência de renda (O Globo, agosto de 2022)
Governo manda Orçamento com Auxílio Brasil de R$ 405 em 2023, apesar de Bolsonaro prometer R$ 600 (Infomoney, agosto de 2022)
5. NEM VIDAS, NEM ECONOMIA. BOLSONARO BOICOTOU O COMBATE AO VÍRUS ENQUANTO DIZIA "DEFENDER A ECONOMIA". COMO RESULTADO O BRASIL HOJE LIDERA O RANKING DE MORTES DO G20 NA PANDEMIA E SOFRE COM A MAIOR CRISE ECONÔMICA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS
Com Bolsonaro, o Brasil cresceu pouco já em 2019. Ao ser confrontado, o presidente chegou ao ponto de colocar um palhaço – literalmente – para responder aos questionamentos dos repórteres. Depois, inventou uma história de um tal de “PIB Privado” para explicar o fiasco. E então veio a pandemia de covid-19. Bolsonaro protagonizou uma das piores conduções da pandemia no mundo, a pior entre os países do G20. Ele dizia estar cuidando tanto das vidas, quanto da economia. No fim das contas, não salvou nenhum dos dois.
- PIB do Brasil cresce 1,1% em 2019, menor avanço em 3 anos (G1, março de 2020)
- Governo separa 'PIB público' e 'PIB privado' para tentar mostrar que economia vai bem (spoiler: não vai) (Folha, março de 2020)
- Bolsonaro usa humorista para não responder sobre PIB fraco. Presidente pediu a comediante que respondesse a perguntas de jornalistas sobre atividade econômica (Gaúcha ZH, março de 2020)
- 'É muito mais fantasia', diz Bolsonaro sobre crise nos mercados causada por epidemia de coronavírus (BBC Brasil, março de 2020)
- PIB em 2020 fecha com queda de 4,1%, revela pesquisa do IBGE (Agência Brasil, março de 2021)
- PIB mostra que Brasil segue preso ao baixo crescimento econômico (Exame, dezembro de 2021)
- 2022: Brasil terá crescimento baixo em relação aos seus pares (Poder360, dezembro de 2021)
- PIB de 1,7% em 2022 supõe baixo crescimento até o fim do ano, diz economista (CNN, junho de 2022)
- Brasil tem retrocesso de até três décadas na economia, na educação e no meio ambiente (O Globo, junho de 2022)
Brasil perdeu a trajetória de crescimento que havia conquistado (BBC, julho de 2022)
6. A VOLTA DA FOME
A fome voltou no governo Bolsonaro. O Brasil, que tinha saído do mapa da fome em 2014, passou a ter mais de 33 milhões de brasileiros em insegurança alimentar. As crianças são as mais afetadas, e famílias precisam se endividar e vender o que têm para comprar comida.
- Fome dobra no Brasil em 7 anos e afeta mais as crianças (Folha de S. Paulo, maio de 2022)
- Número de brasileiros com fome dispara e atinge 33,1 milhões, diz pesquisa (Uol Notícias, junho de 2022)
- Pesquisa diz que 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer (Metrópoles, junho de 2022)
- Flávio Bolsonaro: 'Quem recebe R$ 400 de Auxílio Brasil não passa fome' (Estado de Minas, junho de 2022)
- Brasileiros vendem o pouco que têm para conseguir comprar comida (Jornal Nacional, julho de 2022)
- Mais de 60 milhões de brasileiros sofrem com insegurança alimentar, diz FAO (G1, julho de 2022)
- Sem carne, famílias disputam osso e pele de frango (UOL, julho de 2022)
- Mesmo com auxílio de R$ 600 brasileiros precisam vender itens pessoais para ter comida (Uol, agosto de 2022)
- Datafolha: Um em cada três brasileiros teve comida insuficiente em casa (Folha, agosto de 2022)
- Bolsonaro diz que picanha de Lula é conversa e não existe fome 'pra valer' no Brasil (Folha, agosto de 2022)
https://talisandrade.blogs.sapo.pt/4634241.html