Responde Dirley Fernandes: "As manifestações contra o governo estavam marcadas para a última sexta-feira havia mais de um mês. Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra Michel Temer. O Brasil passou então a estar na condição inédita de ser presidido por um cidadão denunciado pelo crime de corrupção passiva.

A continuidade normal dessa narrativa seria termos milhões de cidadãos indignados nas ruas, protestando e pedindo a saída do presidente. Nada disso, no entanto, aconteceu".

Na sexta-feira, 3 mil militares se posicionaram na Esplanada dos Ministérios à espera dos manifestantes.
Mas não houve protesto.   Antonio Cruz / Agência Brasil

 
Sempre faltou povo.

Não teve povo no Grito do Ipiranga da Independência do Brasil. Não teve povo na Proclamação da República. 

O Brasil nunca fez uma greve geral.

Não faz plebiscito. Não faz referendo.

Criou desnecessários e majestosos e parasitários e esbanjadores tribunais eleitorais para realizar, de dois em dois anos, escolha eletrônica, sem comprovação de voto, dos executivos e legisladores. Isso quando o Exército permite.

Um país que gasta botijas de ouro e prata com outros desnecessários tribunais. De faz de conta que faz as contas no País da Propina. De polícias militares estaduais. Da receita federal para perdoar multas bilionárias. Do trabalho quando não existem direitos dos trabalhadores.

Uma nação que tem um tribunal em cada esquina, não precisa do povo em geral para dar pitaco.

Se acontecer de o povo sair pra rua, a polícia vem atrás com seus cachorros e cavalos. É a mesma polícia que entra nas favelas derrubando portas e atirando balas perdidas que acham os moradores pobres e negros.

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