Brasília contra a Reforma Administrativa

Milhares de servidores de todo o país marcham em Brasília contra a Reforma Administrativa
Fotos: CUT
Nesta quarta-feira (29), ocorreu a Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa (PEC 38), em Brasília. A manifestação foi convocada pela CUT, centrais sindicais, confederações, entre elas a CNTE, e federações de trabalhadoras(es), com apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O ato reuniu milhares de servidoras(es) públicas(os) de diversas categorias na Esplanada dos Ministérios, em defesa do Estado brasileiro e da valorização do serviço público.

O CPERS se somou à atividade, representado por membros da Direção Central do Sindicato: a presidente, Rosane Zan, o 2º vice-presidente, Edson Garcia, a secretária-geral, Suzana Lauermann, e as(os) diretoras(es): Andréa da Rosa, Daniela Peretti, Elbe Belardimelli, Guilherme Bourscheid, Luiz Henrique Becker, Sandra Regio, Sandra Santos, Sandra Silveira e Vera Lessês.
Para a presidente do CPERS, Rosane Zan, a atividade é um marco de resistência e união das categorias em defesa do serviço público e dos direitos das(os) trabalhadoras(es). “A Marcha Contra a Reforma Administrativa intensifica a importância da defesa dos servidores públicos pelos serviços que prestamos para à sociedade em cada canto do país, tanto na educação, saúde e segurança. Mostramos a nossa unidade em defesa do serviço público, nesta marcha que foi tão potente e grandiosa”, avalia.
O 2º vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, destacou que o movimento expressa a indignação de todas(os) as(os) servidoras(es) diante do que chamou de um retrocesso histórico. “Nessa Marcha, queremos mostrar a nossa indignação com essa falsa Reforma Administrativa, que significa a gente retroceder em tudo aquilo que já conquistamos legalmente com muita luta. Uma categoria que sempre tem seus direitos sendo retirados, e todas as esferas do serviço público reunidas gritam: ‘não, à Reforma Administrativa’”, declarou.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, a manifestação chamou a atenção de parlamentares e da sociedade para os riscos que a proposta representa aos direitos das(os) trabalhadoras(es) e à qualidade dos serviços prestados à população.
O presidente da CNTE, Heleno Araújo, também participou da mobilização e reforçou o caráter democrático da luta contra a Reforma Administrativa. “Estamos aqui em Brasília, na Marcha contra uma medida que quer mudar a Constituição Federal, e fazer uma reforma que desmonta o princípio do Estado Democrático de Direito e tenta impor um Estado de empresa, um Estado gerencial, que retira os direitos da população à educação, à saúde, à vida e às políticas públicas. Por isso estamos aqui mobilizados. Sigamos firmes na luta”, afirmou.
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, destacou a importância da unidade das centrais e das categorias para barrar o avanço da proposta. “É muito importante, porque todas as vezes que estivemos juntos e unidos, todas as centrais e todas as esferas, a gente venceu e agora não vai ser diferente. O deputado Pedro Paulo quer enganar o povo dizendo que a reforma é para melhorar a vida do servidor. Se fosse, que construíssem um projeto com os servidores discutindo, e não com setores patronais, que claramente querem de volta a famigerada PEC 32. E nós não podemos ter dúvidas disso, porque eles estão discutindo a PEC 32 com outro nome. E se nós derrotamos ela uma vez, faremos de novo”, declarou.

A mobilização desta quarta-feira reforçou o compromisso da CNTE e das demais entidades do funcionalismo com a defesa do serviço público, da educação e dos direitos da classe trabalhadora. De forma única, as(os) manifestantes reafirmaram que a Reforma Administrativa não é uma solução para o país, mas um ataque ao Estado e à população que dele depende.
Fonte: CNTE
FONTE:





