CEEE Equatorial e privatizações
Quando uma empresa de capital privado, ou estatal de outro país, compra uma empresa pública como a CEEE no Rio Grande do Sul, ela assume a realização dos servições à população, investimentos para ampliar e melhorar a qualidade e, portanto, mantém a estrutura física, máquinas e equipamentos, funcionários necessários à prestação de serviços e recursos para investimentos planejados…
Tudo igual a como era antes na velha estatal CEEE, com uma única e fundamental diferença… Agora os empresários querem lucro pelo seu investimento e para isso vão reduzir gastos com trabalhadores, e tudo que entenderem possível e aumentarão o custo da energia para viabilizarem o lucro aos novos donos, que não será pouco, ainda que não seja revelado e que serão os únicos e grandes beneficiários da compra da Estatal.
Isso vale para energia, água, esgoto, manutenção de vias de transporte, petróleo, e etc etc e tal.
Esses empresários normalmente investem dinheiro e entram nas campanhas eleitorais dos partidos e candidatos que defendem e viabilizam as privatizações, trabalhando, inclusive, para que seus empregados também votem nos seus candidatos, ainda que, na maioria das vezes, de forma sútil e sem pressão pública explícita para não gerarem reações adversas.
Por isso os governantes tem obrigação de apresentarem propostas claras de gestão e manutenção do que é público e que foi construído durante anos com dinheiro da população, especialmente da maioria que paga impostos e que são pobres ou de classe média baixa, onde estão a absoluta maioria dos brasileiros.
Vejam que candidatos privatistas nunca tem projetos sérios para apresentar à população sobre planos de melhoria da gestão do que é público de modo ter gestão eficiente, moderna, profissional e transparente…
O Caso da CEEE Equatorial que é a empresa que comprou a CEEE pública, é emblemático na falta de preparo para atender a população em hora de crise como estamos vivendo com os problemas climáticos.
Falta gente qualificada em quantidade suficiente, equipamentos, tecnologias, e a demora em atender necessidades é consequência do todo.
Mas tenho certeza que os lucros dos donos continuarão intocáveis, senão maiores.
Privatizar as vezes pode ser uma boa solução mas é preciso debate público, transparência e discussão de outras alternativas, sem que apenas os interesses eleitorais e de donos ou patrões do capital que compra sejam considerados.
A Democracia exige debates públicos transparentes sobre as políticas públicas, em especial aquelas que mais impactam a qualidade de vida da maioria da população…
Desde 1500 as gestões do governo federal, de estados e municípios, não resolveram adequadamente os problemas de moradia digna, água, esgoto, resíduos produzidos em forma de lixo, infraestrutura de transporte aéreo, aquático, ferroviário, rodoviário, educação pública, saúde pública, políticas ambientais, mineração, e etc etc e tal!
É importante destacar que estamos falando de um país continental com riquezas imensas identificadas há séculos e mal exploradas ou mal utilizadas…
Nosso problema é gestão da coisa pública focada nas necessidades da população em geral.
Chega de sermos condescendentes com os políticos que se candidatam sem planos discutidos e aprovados por pessoas e instituições competente em diferentes áreas…
Enquanto não mudarmos a política ela continuará aprofundando as desigualdades socioeconômicas como está escancaro em notícias atuais como as duas a seguir:
“Estudo mostra que o Brasil tem 1.942 cidades com moradores em áreas de risco. Aumento de 136% desde 2012.”
“Renda da elite no Brasil cresceu o triplo do restante da população. Ganhos dos 0,01% mais ricos quase dobrarem entre 2017 e 2022.”
Esse é o Brasil a ser discutido e mudado!
Pensemos! Pensar faz bem!cc
FONTE:
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