"Alta da cesta básica explica a fila pro osso de boi", comenta a coordenadora da pesquisa. Imagem: Google

Cesta básica sobe 22,06% em um ano, informa Dieese

Em julho, a cesta subiu em 15 de 17 Capitais, conforme mostra o Dieese na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Com relação ao mês de junho, os 13 produtos que compõem a cesta tiveram aumento de 2,19%.

Em SP, a cesta custou R$ 640,51. Em julho passado, custava R$ 524,74, informa Patrícia Lino Costa, economista do Dieese e coordenadora do levantamento. A diferença, de um ano pra outro, está em R$ 115,77. “A alta explica a fila pro osso de boi”, comenta.

A economista informa que, por exemplo, numa família com dois adultos e duas crianças, o Dieese considera R$ 115,77 vezes três, o que dá R$ 347,31 a mais por mês. “O padrão alimentar do brasileiro caiu. As pessoas saem da carne de primeira pra de segunda, vão pro frango e do frango pro ovo”, alerta.

Perspectivas - Não há previsão de queda. As geadas de julho vão afetar vários preços em agosto. Mas a sazonalidade não é o pior dos problemas. A exportação torna a carne mais cara para os brasileiros. Insumos, como milho e soja, também sobem. Essa pressão de preços pra cima ocorre também em outro produto básico, que é o leite.
 

Auxílio - No ano passado, os mais pobres se valeram do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 (negociado pelas Centrais Sindicais junto ao Congresso Nacional). Mas a situação piorou. Patrícia observa: “Agora, com o valor do benefício reduzido, o empobrecimento se agravou. Eu não sei como as pessoas estão fazendo pra comer”.

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