Chorar pelo Leite derramado
Pra depois não chorar o Leite derramado na privada pelo Eduardo, os gaúchos precisam acordar
No futuro não muito distante, os gaúchos amargarão muito as consequências das decisões tomadas neste dia 12/12/2023 na Assembleia Legislativa, a mando de Eduardo Leite.
Destaco uma das várias decisões: A possibilidade da Municipalização das Escolas Públicas Estaduais.
Se os Municípios não tem condições nem de manter bem as Escolas Municipais que tem hoje, imagina ter que manter muitas escolas mais em cada município. Mas semeiam a ilusão de que o Estado repassará os recursos para manter estas Escolas e os Professores. Mentira, pois o Estado já hoje não aplica o percentual obrigatório na Educação. Imagina quando não tiver mais a responsabilidade sobre a Escola localizada no município.
Sem falar no desmonte do Sistema de Educação Pública, que é igual no país inteiro, e agora sofre o ataque desvairado do neo liberalismo, por que querem levar o quinhão rentável da Educação.
Tudo isto faz parte de um Projeto desenhado em várias falas de Eduardo Leite que denunciei aqui no Blog e que parece não ter sido compreendido pela sociedade gaúcha:
Eduardo Leite diz que professores são só “gasto” e defende privatização da Educação Primária e Básica (Clique no link para ler o artigo)
E para aqueles que não tiverem dinheiro para pagar as Escolas Privadas, Eduardo Leite e sua turma defendem que o Estado distribua “Vale” Educação pros pais procurarem as escolas privadas. Mas já imaginou de quanto seria este “Vale” pra um Estado que deixou as Escolas serem sucateadas sem dar manutenção e que pra boa parte dos funcionários paga um “completivo” pra fechar Um Salario Mínimo?
Como Eduardo Leite não conseguiu realizar o Sonho de ver a Gestão da Educação entregue a Privada no governo dele, ele quer a municipalização, pensando em fazer o que fez recentemente com a CORSAN, quando praticamente obrigou Prefeitos e comprou outros, para que aceitassem a inaceitável entrega da CORSAN e da água e do Saneamento à Privada.
O Futuro próximo dos Gaúchos será com Educação Pública cada vez mais precária e com cada vez menos crianças terminando o Ensino Médio, por que não haverá escolas públicas suficientes ou nem haverá.
Pra saber mais sobre a tragédia que foi esta votação de hoje, publico a seguir matéria da Página do CPERS na íntegra, sobre mais este episódio da Guerra que Eduardo Leite e seus Privatas movem contra a Educação e o Rio Grande.
Se aceitas calado agora, depois não adiantará chorar o Leite que o Eduardo derrama hoje na Privada.
A tarde desta terça-feira (12) ficará marcada como uma das mais tristes para quem acredita em uma educação de qualidade no estado do Rio Grande do Sul. Hoje, Eduardo Leite (PSDB) e sua base aliada na Assembleia Legislativa (ALRS) aprovaram quatro projetos que retrocedem conquistas essenciais para a democracia e a gestão das escolas gaúchas.
Em um dia marcado pelo autoritarismo e o desrespeito às(aos) trabalhadoras(es) e a sociedade como um todo, o governo Leite (PSDB) firma o seu papel como maior devastador da educação pública da história deste estado e abre caminho para uma tirania desenfreada nos espaços educacionais.
A constitucionalização da municipalização, o risco de demissões em massa de educadoras(es) contratadas(os), a perda de autonomia do Conselho Estadual de Educação (CEEd), a imposição arbitrária de diretrizes da Secretaria da Educação (Seduc) na gestão das instituições de ensino públicas e o fim do debate com a comunidade escolar. Estes são apenas alguns dos absurdos homologados neste vergonhoso dia.
Para a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, independente da votação na ALRS ou das tentativas de calarem as lutas do Sindicato, as professoras(es) e funcionárias(es) das escolas estaduais, da ativa e aposentadas(os), seguirão na linha de frente contra este governo ditador.
“Hoje é um dia de luto para a educação do Rio Grande do Sul, porque o governo Leite conseguiu concretizar o que vinha construindo há anos. A partir de hoje, não só a Assembleia Legislativa estará de joelhos para o Estado, mas ele também coloca o Conselho Estadual de Educação sob sua mão forte. Independente do resultado, quero reforçar para a nossa categoria: nós continuaremos a luta, porque acreditamos na educação e acreditamos, principalmente, que esse governo passará e nós derrotaremos esse nefasto projeto”, enfatizou a presidente.
Ao longo da tarde foram votados e aprovados os seguintes projeto PL 517/2023 (Marco Legal da Educação Gaúcha): constitucionalizará a municipalização do Ensino Fundamental, comprometendo a oferta de uma educação de qualidade e acarretará na demissão em massa de contratadas(os);
PL 518/2023: apesar da aprovação de uma emenda que garantiu a permanência da atual composição do Conselho Estadual de Educação, mantendo a representação dos sindicatos, o projeto aprovado tira a autonomia das entidades no CEEd, já que o mesmo estará sob o comando da secretária de Educação, Raquel Teixeira, comprometendo a democracia no processo decisório;
PL 519/2023: amarra a gestão escolar às diretrizes da Secretaria da Educação, restringindo a liberdade pedagógica e de cátedra, e impedindo a participação da comunidade escolar;
PL 520/2023: propõe alterações na Educação Profissional, sem espaço para um amplo debate com a comunidade escolar sobre o tema.
Agora, seguiremos na luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 299, que não foi protocolada em regime de urgência e, por isso, não foi votada nesta terça (12). A PEC pode modificar diversos artigos da Constituição Estadual, também abrindo espaço para as municipalizações, que representam um grave risco de demissão, desemprego e redução salarial.
FONTE