Código de ética na medicina

Código de ética na medicina

Código de ética na medicina

A CPI da Pandemia pode estar mergulhando num poço de lama, daquela mais fétida, a comprovar-se as denúncias contra a Prevent Senior e suas experiências na aplicação do kit covid em pacientes com a doença sem conhecimento e autorização d@s mesmos, burlando qualquer código ético no campo da medicina.

Será que os senadores assistiram, pelo menos 3 filmes, aqui apresentados pela página CINE EDUCA, que trataram do tema em seus enredos?

Filmes:

O JARDINEIRO FIEL; MISS EVERS’ BOYS (COBAIAS) e O MÉDICO ALEMÃO – Eugenia X Bioética.

A investigação da CPI da Pandemia no Senado abre a “caixa de pandora” e expõe um submundo sinistro, caso venham a confirmar-se as suspeitas que recaem sobre a operadora de planos de saúde Prevent Senior acerca das denúncias sobre “procedimentos médicos” não autorizados com cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada que compõem o chamado kit covid, no tratamento da COVID-19.

O cinema trouxe às telas alguns filmes que colocam em cheque a chamada ética médica quando lucros e experimentos científicos abomináveis se colocam acima de qualquer direito ou dignidade humana. O primeiro desta lista é “O Jardineiro Fiel”, adaptação do livro de John Le Carré, o qual coloca em evidência a corrupção, a ganância e a total falta de escrúpulos das empresas e laboratórios produtores de medicamentos na condução dos estudos sobre a eficácia dos mesmos. O território onde duas indústrias farmacêuticas se juntam para promoverem seus experimentos é a África. Razão: ninguém se importará se negr@s pobres de um país de terceiro mundo/subdesenvolvido/do sul morrerem após aplicação de remédios em fase de estudos que possam acometer pacientes com efeitos colaterais nocivos. No caso, contra a tuberculose, num cenário conjunto de combate à AIDS. Ainda mais se o governo deste país (Quênia), de forma corrupta, estiver conivente com tal procedimento. Cobaias humanas nas savanas africanas significam menos custos que pesquisas científicas em laboratórios. A comunhão de interesses político-econômicos escusos entre governos (inglês) e empresários cobre qualquer drama de consciência ou investigação sobre denúncias que podem levar a morte quem tem a audácia de se levantar contra essas atrocidades.

E por falar em governos, o que dizer dos sucessivos mandatos presidenciais (democratas x republicanos) na alternância de poder nos EUA que compactuaram com o monstruoso caso dos “estudos de Tuskegee” no estado do Alabama, retratados no filme “Cobaias (Miss Evers’ Boys)”. A doença? Sífilis. As cobaias? Negros. A finalidade? Verificar se brancos e negros desenvolviam de forma igual a evolução da doença no organismo. Sim, racismo puro. E não estamos falando das experiências nazistas na Europa condenadas em Nuremberg. Não! Estamos mencionando um caso real em que negros (e por consequência familiares) foram submetidos a esse estudo sem qualquer conhecimento sobre a doença, se estavam contaminados ou não, e o mais inacreditável: mesmo com a cura já descoberta através da penicilina não foram tratados para que os estudos fossem até o fim, ou seja, a morte, para analisar como a doença evoluía comparando negros infectados (aproximadamente 400) e negros não infectados (em torno de 200) para comparações. Portanto, durante 40 anos, entre 1932 e 1972, quando o caso foi denunciado e ganhou as manchetes de jornais, negros foram enganados oficialmente (o poder público chegou a emitir uma lista com os nomes dos envolvidos no estudo para que não fossem tratados em nenhum hospital a fim de não contaminar a “pureza” do “trabalho científico”). Procurou-se atestar a superioridade biológica dos brancos sobre os negros ou inversamente, por parte de um médico negro e sua enfermeira, provar que não havia diferenças no desenvolvimento do “sangue ruim” entre negros e brancos, “comprovando a igualdade” num regime segregacionista. Uma história espantosa cujo resultado foi uma Comissão Investigava do Senado americano (sim, acredite) e um pedido formal de desculpas e indenizações por parte de Bill Clinton, testemunhado por apenas oito sobreviventes.

O terceiro filme, “O Médico Alemão”, coloca em cena o carrasco nazista Josef Mengele, quando de sua passagem pela Argentina durante suas fugas constantes do MOSSAD. Neste período continuou alimentando suas experiências no combate ao que denominava imperfeições de raças inferiores a contaminarem através da miscigenação a pureza ariana. Incrível a rede de cumplicidade e cobertura que criminosos nazistas fugitivos da Europa encontravam em enclaves alemães na América do Sul, principalmente, guarida que permitiu viverem impunemente até a morte. No caso de Mengele, consta que em 1979, em Bertioga, litoral paulista, no Brasil. Talvez esteja aí uma faceta do neofascismo neste país tão estreitamente associado ao bolsonarismo.

Ah propósito, vai um Dypraxa aí?

Sinopses:

- O JARDINEIRO FIEL - Uma ativista (Rachel Weisz) é encontrada assassinada em uma área remota do Quênia. O principal suspeito do crime é seu sócio, um médico que se encontra atualmente foragido. Perturbado pelas infidelidades da esposa, Justin Quayle (Ralph Fiennes) decide partir para descobrir o que realmente aconteceu com sua esposa, iniciando uma viagem que o levará por três continentes. Direção: Fernando Meirelles. 2005.

 
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- COBAIAS (MISS EVERS’ BOYS) - No sul dos Estados Unidos, em 1932, a sífilis havia se tornado uma epidemia entre as comunidades afro-americanas. Preocupado com a rapidez com que a doença se espalha pela região, o governo decide criar um programa de tratamento no único hospital negro da localidade. Infelizmente, o tratamento acaba perdendo seu apoio financeiro e é fechado. A partir daí, tem início uma das mais horríveis traições da história da humanidade. Um grupo de doutores cria um novo programa médico que apenas finge estar tratando a doença. Na verdade, eles estão realizando um estudo sobre o efeito da sífilis em homens negros, para comprovar se eles são biologicamente iguais ou diferentes dos brancos. Direção: Joseph Sargent. 1997.

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- O MÉDICO ALEMÃO - Enquanto atravessa a região desértica da Patagônia, em 1960, uma família argentina conhece um médico alemão que aceita ajudá-los. Chegando em Bariloche, ela torna-se hóspede da hospedaria familiar. Todos gostam dos bons modos e conhecimentos científicos deste homem, que se mostra muito preocupado com Lilith, garotinha com um pequeno problema de crescimento. Mas todos ignoram que este homem é Josef Mengele, cientista nazista que realizou experimentos com humanos no campo de concentração de Auschwitz. Direção: Lucia Puenzo. 2014.

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