Até na hora de revogar um arremedo de decreto ele publica e espalha fakenews.

É preciso desmenti-lo.

Vamos lá!

1) A tentativa de privatizar o SUS foi real.

O Decreto 10.530 abria as portas para a privatização das Unidades Básicas de Saúde do SUS.

[Decreto 10.530/2020 disponível nos comentários]

2) Falsa é a desculpa que ele usou para justificar a revogação que só ocorreu devido à ampla mobilização popular durante o dia todo.

O antipresidente disse o quê?

Que era apenas uma possibilidade de parceria público/privada.

Mentira.

Fakenews.

Seguinte:

JÁ EXISTE A LEI 8.080/90 SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA EM CARÁTER COMPLEMENTAR NO SUS.

Não precisava adicionar NADA!

Foi uma tentativa escancarada de privatização.

[Capítulo ll da lei 8.080/90 disponível nos comentários]

3) Um país que é considerado paraíso tributário para os ricos, que mantém privilégios de políticos, militares e magistrados, não pode sequer cogitar ouvir do ser que ocupa a presidência da república que faltam recursos financeiros e que a solução para concluir e equipar Unidades Básicas de Saúde perpasse pela privatização do Sistema Único de Saúde. Não, né?

Definitivamente não.

Há outras formas de conseguir recursos para a saúde. Talvez cobrar sonegadores bilionários; uma reforma tributária justa; extirpar os próprios privilégios... uma lista boa!

4) O objetivo desse antigoverno mesquinho, pérfido e cruel é a privatização. E não é de hoje. Nem se restringe à área da saúde. As ações são claras e certeiras. Dilapidar, destruir. Precarizar para privatizar.

Não esquecemos dos sucessivos cortes de investimentos em saúde pública desde o início de 2019. Para refrescar a memória, notícia do Estadão, de 18 de junho de 2020:

"Em plena pandemia da covid-19, o governo Jair Bolsonaro prevê cortar o orçamento do Ministério da Saúde para R$ 127,75 bilhões em 2021. O valor é menor do que o aprovado para o começo deste ano (R$ 134,7 bilhões) e do que o limite atual de gastos da pasta (R$ 174,84 bilhões, alcançado após liberação de créditos para enfrentar a crise sanitária)."

5) Em uma simples leitura, qualquer ser minimamente provido de capacidade de interpretação textual entende que o Decreto nº 10.530, de 26 de Outubro de 2020 foi uma tentativa descarada, infame e indecente de privatizar a saúde no Brasil ao transferir do Ministério da Saúde para o Ministério da Economia determinações da política de atenção primária à saúde.

Se isso não é privatizar, eu não sei o que é.

6) Não importa a canalhice, a estupidez, a imbecilidade, o crime proferidos pelo psicopata que colocaram no poder, sempre haverá alguém tão ou mais idiota que ele para dizer que ele está certo. Há seres que só entendem a grandeza das coisas quando as perdem!

Às vezes, nem depois de perdê-las.

Mas não haverá reedição de merda de decreto nenhum. Porque estaremos alerta.

Hoje foi uma vitória da resistência, da luta e da manifestação popular.

Seguimos!