Comboio militar
'Milicos vendidos dirigem tanques no féretro nacional', diz Marcia Tiburi
A filósofa, professora e escritora criticou o desfile de um comboio militar na Esplanada dos Ministérios prometido para esta terça-feira, dia da votação da PEC do voto impresso
Marcia Tiburi (Foto: Reprodução | Fabiana Reinholz)
A filósofa, professora e escritora Marcia Tiburi criticou nesta segunda-feira (9) pelo Twitter o desfile de um comboio militar na Esplanada dos Ministérios prometido para esta terça-feira (10), dia em que o Congresso Nacional votará a PEC do voto impresso em plenário.
A intenção de Jair Bolsonaro com "cena", segundo Marcia, é camuflar "o serviço sujo" feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ela ainda comparou os tanques a "féretros", ou seja, caixões, que serão conduzidos por "milicos vendidos".
"Bolsonaro continua a chantagear e fazer cena! Merece o troféu 'macho mais histérico do Brasil'. A tarefa do espantalho é acobertar o serviço sujo de Arthur Lira e Guedes a destruir o Brasil. Os milicos vendidos vão dirigir os tanques no féretro nacional. Triste e ridículo ao mesmo tempo", escreveu.
Comboio militar
O governo confirmou para esta terça-feira o comboio de blindados na Esplanada dos Ministérios para entrega de um convite ao presidente Jair Bolsonaro para uma visita à base militar em Formosa, Goiás.
Oficialmente, o convite ao presidente da República ocorre há anos, mas nunca houve desfile de blindados.
O ato, inédito, gerou controvérsia por ocorrer no mesmo dia da votação da PEC do voto impresso, bandeira do presidente que deverá ser enterrada pelo Congresso Nacional.
A CNN apurou que o evento foi decidido na sexta-feira à tarde, mesmo período em que o presidente da Câmara, Arthur Lira, levou a PEC do voto impresso para o plenário.
Em nota, porém, a Marinha diz que "a entrega simbólica foi planejada antes da agenda para a votação da PEC 135/2019 no Plenário da Câmara dos Deputados, não possuindo relação ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República".
CNN