Comitê Gaúcho pela Revogação do NEM

Comitê Gaúcho pela Revogação do NEM

Comitê Gaúcho pela Revogação do Novo Ensino Médio é lançado nesta quarta-feira

Encontro ocorreu no pátio da Faculdade de Educação da Universidade Federal do RS (Faced/Ufrgs), em Porto Alegre

Comitê pela Revogação do Novo Ensino Médio foi lançado na Faculdade de Educação da Ufrgs

Comitê pela Revogação do Novo Ensino Médio foi lançado na Faculdade de Educação da Ufrgs 

 

Uma das articuladoras do encontro e diretora do 39º Núcleo do Cpers/Sindicato, professora Neiva Lazarotto, informa que será reivindicada uma Conferência Nacional para debater a revogação e dar voz à categoria. “Chamamos essa reforma de ‘nem-nem’, nem para a faculdade e nem para o mundo do trabalho. Queremos os jovens na universidade, queremos a participação de todos, estudantes, pais e entidades sindicais”.

Já a presidente do Cpers, Helenir Schurer, afirma que o “NEM fecha as portas da universidade para alunos das escolas públicas” e que a categoria, em parceria com as demais entidades e movimentos estudantis irão “somar forças e criar comitês regionais em todo o estado do RS”.

Para a diretora da Faced/Ufrgs, Liliane Ferrari Giordani, a reforma estabeleceu um “verdadeiro retrocesso na formação dos jovens estudantes” e “desobriga o Estado de suas responsabilidades previstas na legislação brasileira”, acusa.

Com a reforma do Novo Ensino Médio, a carga horária destinada para a formação geral passa de 3 mil horas, nos 3 anos do Ensino Médio, para um máximo de 1,8 mil horas. O restante da carga horária é direcionado aos itinerários formativos variados, escolhidos pelos estudantes a partir das opções de cada escola.

Segundo a presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS (AL/RS), deputada estadual Sofia Cavedon, a redistribuição da carga horária prejudica os estudantes. “Retira muitas horas de formação geral. No último ano do Ensino Médio, esses itinerários profissionalizantes, que não se equiparam a um Curso Técnico, tomam 600 horas. Ou seja, restam apenas 400 horas de formação geral”, lamenta.

Já o presidente da União Gaúcha dos Estudantes (UGES), Anderson Farias,  o NEM “acaba com os sonhos” de quem estuda na rede pública. “A gente quer entrar na faculdade, queremos uma escola com dignidade, estrutura, bons salários para os professores. A gente quer um futuro bom”, destaca, repetindo o brado  “1, 2, 3, 4, 5 mil, revoga a reforma ou paramos o Brasil”.

Agora, os próximos passos são: colher assinaturas pela revogação da reforma; realizar manifestação dia 26/3, Dia Nacional da Greve da Educação Pública; fazer o ato virtual “Revoga NEM”, nos dias 30 e 31/3; organizar um manifesto nas ruas, dia 1º/4; além de propor audiência pública na Câmara dos Deputados e na Comissão de Educação da AL/RS, em datas ainda não definidas.


https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/ensino/comit%C3%AA-ga%C3%BAcho-pela-revoga%C3%A7%C3%A3o-do-novo-ensino-m%C3%A9dio-%C3%A9-lan%C3%A7ado-nesta-quarta-feira-1.1006703 

 

 

Estudantes de Porto Alegre aderem ao movimento que pede a revogação do novo Ensino Médio

Grupo se reuniu em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos nesta quarta-feira

Correio do Povo

Grupo se reuniu em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos nesta quarta-feira

Grupo se reuniu em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos nesta quarta-feira 

 

Organizações estudantis fizeram, nesta quarta-feira, manifestações pelo país, pedindo a revogação do novo Ensino Médio. A lei de 2017 alterou o currículo, em implementação desde 2022. Em Porto Alegre, estudantes aderiram à mobilização nacional. Diante do Colégio Estadual Júlio de Castilhos houve Aula Pública, em conjunto com o 39º Núcleo do Cpers. Na visão de professores e estudantes, o currículo foi empobrecido. O 39º distribuiu material informativo e a Cartilha Revoga Novo Ensino Médio, apontando efeitos adversos do novo modelo; e coleta adesões ao abaixo-assinado que pede a revogação da lei.

Sinepe defende a implantação
    
O Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe/RS) divulgou uma nota manifestando posicionamento contrário à revogação da Lei 13.415/2017, que institui o novo Ensino Médio. O informe argumenta que o novo modelo traz perspectiva diferente de tratar o ensino e a aprendizagem. E defende a proposta “que introduz formação geral básica integrada aos itinerários formativos, flexibiliza o currículo, moderniza as etapas de formação dos jovens e põe fim a alguns dos grandes entraves da educação no país”. Considera que adequações, ajustes e aperfeiçoamentos fazem parte do processo e são necessários; e que será um retrocesso impedir a continuidade da implantação. 




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