Confiança em veículos de comunicação
Confiança em veículos de comunicação é aliada no combate a fake news
23 de maio de 2020 | por Exxasul
Uma pesquisa aplicada pela Kantar no Brasil, Estados Unidos, França e Reino Unido demonstra que canais de rádio e televisão são menos atingidos por fake news. Devido à profundidade da cobertura, as notícias veiculadas por essas emissoras são mais confiáveis do que de jornais online.
A pesquisa, realizada em 2019, aponta que 76% dos entrevistados passaram a checar a veracidade da notícia em fontes como rádio e televisão depois de ouvirem falar em fake news. E 70% deles está pensando duas vezes, pelo menos, antes de compartilhar reportagens.
Não é de hoje que rádio e televisão vêm sendo apontados como canais de confiança em meio ao mundo digital e à proliferação de notícias falsas na internet. Ainda em 2016, uma pesquisa da Secretaria de Comunicação do Governo Federal apontou que 57% dos brasileiros dizem confiar sempre ou muitas vezes no conteúdo veiculado pelo rádio. Quando o assunto é TV, esse percentual é de 54%.
Fake news e coronavírus
Na contramão da confiança de veículos como rádio e televisão, canais no Youtube ganham protagonismo na divulgação de informações falsas, principalmente referentes à pandemia de coronavírus. Estudo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital e do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário constatou que esses canais possuem maior alcance.
O estudo identificou que teorias da conspiração, associadas a discursos religiosos e que vendem supostas fórmulas médicas, são as mais difundidas.
Já outro estudo, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, identificou as principais notícias falsas relacionadas ao novo coronavírus. Entre 17 de março e 10 de abril, os dados revelaram que 65% das informações eram relacionadas a métodos caseiros para cura ou prevenção da doença.
Entre outros temas estão golpes bancários, projetos falsos de arrecadação de dinheiro e teorias de conspiração política ou econômica do vírus. Já numa segunda fase, entre 11 de abril e 13 de maio, cresceram os rumores sobre a origem do agente responsável pelo vírus.
Dicas para não cair em fakes
- Confira se a notícia também foi divulgada em veículos de comunicação conhecidos
- Confira a data da publicação da notícia
- Verifique se a URL (endereço do site) é confiável
- Desconfie de posicionamentos radicais
- Leia a matéria completa e não apenas o título
- Desconfie de mensagens encaminhadas
- Não compartilhe sem ter o conhecimento do conteúdo
- Não acredite em apelos para repassar aos amigos
- Conscientize-se da sua responsabilidade
- Busque sites especializados em desvendar fake news como E-farsas e Boatos.org.