Contra a barbárie
Grotesco.
Bizarro.
Sórdido.
Se há um tempo me dissessem que veríamos isso, eu diria: "filme de ficção de péssimo gosto".
E estamos vendo isso.
É real.
Esse é um dos supremacistas brancos que invadiram o Capitólio ontem.
Na sua camisa está escrito "Camp Auschwitz: O trabalho liberta".
Há quem defenda o nazi-fascismo, a segregação, a tortura! Como se essas fossem coisas possíveis de se defender!
Homens, brancos, racistas, armados invadiram o Congresso dos Estados Unidos. A polícia, sem sucesso, tentava fazer barricadas contra os invasores. Resultado: 4 mortos. 52 presos.
E se fossem negros lutando por seus direitos? Teriam joelhos esmagando seus pescoços.
No Brasil, a versão dessa estampa odiosa e hedionda seria algo como:
"O erro da ditadura foi torturar e não matar"
"Tem que matar uns 30 mil"
"Ustra vive"
"Que morram quantos tiverem de morrer e pronto"
Somos antigovernados por um papagaio de pirata neonazifascista.
É a civilização contra a barbárie.
Nazi-fascismo não se discute. Se combate.