Controvérsia Escolas Cívico-Militares
Fim do Programa das Escolas Cívico-Militares gera controvérsia
O ofício dos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa assinala que as unidades existentes não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino
A decisão federal de encerrar, progressivamente, até o final do ano, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) gera controvérsia. Em nota, o deputado federal Zucco, autor da lei estadual 15.401/2019, que criou o modelo gaúcho de escola cívico-militar, manifestou-se contrário à deliberação informada nesta semana (em 12/7).
As 216 escolas cívico-militares, criadas no país a partir de 2019, atendem hoje cerca de 120 mil alunos. O ofício dos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa assinala que as unidades existentes não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino.
Conforme Zucco, o modelo “trouxe ganho significativo à Educação, em programa de excelência que melhorou Ideb, segurança no ambiente escolar e elevou a autoestima dos jovens”. Por isso, revela que está sendo avaliada a possibilidade de entrar com ação no Ministério Público Federal, para que os alunos não fiquem desassistidos. Também afirma que governantes de DF, SP, PR e RJ já manifestaram que esses estados devem manter suas escolas cívico-militares. E considera que o governo gaúcho deveria seguir com as 56 escolas nesse modelo, que foram implementadas no RS.
Já o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar em Apoio à Adesão e Manutenção de Escolas Cívico-Militares, Capitão Martim, aponta, em nota, que atuará em parceria com Zucco. “Vamos trabalhar para manter e fortalecer este modelo, que tem apresentado resultados positivos, reduzindo violência e evasão escolar; e alcançando altos níveis de desempenho.”