De marica a pólvora
De marica a pólvora
Dia 10 de novembro de 2020.
O diretor da Anvisa, Antônio Barra, (nomeado por Bolsonaro) ordenou a interrupção dos testes da Coronavac alegando que um voluntário para os testes morreu devido a efeitos colaterais da vacina.
Bolsonaro comemorou isso como uma vitória na guerra política entre ele e Doria.
"A vacina Coronavac causa morte, invalidez e anomalia. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha.", disse o genocida.
Mas na verdade a morte não teve nada a ver com a vacina.
O voluntário havia se suicidado.
O Instituto Butantan, entretanto, divulgou nota em que alega ter avisado à Anvisa ainda no dia 6 de novembro que o voluntário morto durante os testes da Coronavac não tinha morrido de causas relacionadas à vacina.
Então, por que mesmo sabendo que a morte do voluntário não tem relação com a vacina o diretor da Anvisa suspendeu os testes?
E por que Bolsonaro comemorou a morte de uma pessoa?
Sério. Ele comemorou a morte de uma pessoa hoje. Isso é assustador.
Mas não é tudo!
Hoje o genocida também disse:
"Todo mundo vai morrer um dia, não tem como fugir disso. É preciso encarar o vírus e deixarmos de ser um país de maricas."
Sem comentários!
E no mesmo talagaço falou:
"Assistimos há pouco a um grande candidato a chefia de Estado dizer que se não apagar o fogo da Amazônia, vai levantar barreira comercial contra o Brasil. Apenas diplomacia não dá [olhando para o ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores]. Quando acabar a saliva, tem que ter pólvora. Senão não funciona.”
Repare. Só repare:
...candidato a chefia de Estado, ele disse.
Essa é a forma que o imbecil encontrou de dizer que não reconhece a vitória do Biden.
E ameaçou Biden e os Estados Unidos.
Pólvora! Que pólvora?
Bom, se eu tivesse uma autoestima dessas, eu encapsulava e vendia.
Tá bom pra hoje?
Se alguém me dissesse que assistiu um filme em que acontecesse isso tudo aí, eu diria: trabalhado na ficção esse filme, né minha filha?
-Ana Paula Bordin-