Demitir contratados em licença saúde
Governo Leite reitera o cumprimento de decisão de 2019 para demitir contratados em licença saúde
Em ofício publicado dia 27 de junho, o governo Leite reitera medidas cruéis como a demissão de trabalhadores das escolas com mais de 15 dias de atestado. Estes trabalhadores e trabalhadoras estão em regime de contrato temporário, realizaram o mesmo trabalho, adoeceram trabalhando, mas não gozam dos mesmos direitos. O documento apresenta ainda outras medidas administrativas absurdas.
Diego Nunes quarta-feira 12 de julho
Foto: Guilherme Santos/Sul21
Além de reiterar e exigir que se cumpra essa decisão desumana de demissão de pessoas em tratamento de diversas enfermidades, o governo Leite está exigindo que os contratados temporariamente cumpram no mínimo 40 horas semanais ou sejam demitidos, e mais, o documento reforça a política de enturmação. As já superlotadas salas de aula tendem a ficar ainda mais lotadas.
Veja aqui e aqui as matérias publicadas em 2019 sobre o assunto.
Enquanto isso, a direção do Cpers sindicato composta por membros do PT, PCdoB e PDT, prioriza uma assembleia chamada para refiliar o sindicato à CUT. É preciso que em cada local de trabalho, em cada escola, possamos debater e fazer um balanço das derrotas dos últimos anos levados à frente por esta direção ligada à CUT. Uma direção que não apostou e não aposta na unidade entre diferentes categorias ou com a juventude e as comunidades, não apostou e não aposta nas enormes lutas erguidas pelos braços fortes das professoras e funcionárias de escola gaúchas. A aposta desta direção sempre foi em medidas judiciais ou parlamentares, nas mesmas instituições que realizaram o golpe institucional contra Dilma, que foi um golpe para acelerar os ataques que o PT já vinha fazendo, um golpe contra a classe trabalhadora portanto precisamos de um sindicato dirigido de forma independente de qualquer governo.
É preciso superar essas estratégias que não vão além do uso das mobilizações como massas de manobra para desgaste político e para as eleições. É preciso que nos organizemos em cada escola para dar um basta na situação precária que enfrentamos todos os dias e que agora reforça a ameaça sobre a vida de muitos colegas que não escolheram adoecer, mas adoeceram trabalhando.
Que o governo tire dos grandes sonegadores bilionários gaúchos, das isenções fiscais também e rompa com o Regime de Recuperação Fiscal e com o pagamento da dívida fraudulenta com a União. Nossa luta tem que ser para que todo esse dinheiro seja investido em educação de qualidade, um plano de obras públicas que gere emprego nas nossas comunidades e programas de saneamento e saúde. Leite corta da educação para garantir os interesses dos capitalistas! Somente a unidade entre contratados e nomeados com as comunidades pode impor que sejam os ricos que paguem pela crise que criaram e não nós! Nossas vidas valem mais do que os lucros deles!
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