Denuncia de privatização da educação no RS

Denuncia de privatização da educação no RS

 

CPERS participa de Audiência Pública no Senado Federal e denuncia privatização da educação no RS


Educadoras(es) de todo o país acompanharam, na manhã desta segunda-feira (9), a audiência de lançamento da “Campanha Mundial pela Educação Pública”, no Senado Federal, em Brasília. O CPERS participou da ocasião representado pela presidente do Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, pelo 1º vice-presidente, Alex Saratt, pelo 2º vice-presidente, Edson Garcia, pela secretária-geral, Suzana Lauermann, pela tesoureira, Rosane Zan, e pelos diretores da entidade, Vera Lêsses e Cássio Ritter. 

 

 

Lançada em todo o mundo, a iniciativa da Internacional da Educação (IE), apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), busca combater as políticas de privatização do ensino e cobrar mais financiamento público para a educação.

> Assista a íntegra da audiência pública aqui!

Helenir pautou na reunião o avanço da mercantilização das escolas estaduais no Rio Grande do Sul a partir do projeto de parcerias público-privadas que Eduardo Leite (PSDB) pretende implementar nas instituições gaúchas.

 

 

“São 99 escolas, 25 anos, 4,8 bilhões para essas empresas. Esse projeto o governo disse que era para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul depois da enchente, mas pasmem, não tem nenhuma escola que foi atingida pela enchente dentro das 99”, expôs a presidente. 

A sessão atendeu ao requerimento da senadora Teresa Leitão (PT), que também coordenou o evento. Convidado a compor a mesa de discussões, o presidente da CNTE e coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Araújo, falou da importância de manter a escola pública na gestão pública, e não na gestão privada, pois a questão pedagógica também será surrupiada pelas empresas.

 

 

“Por isso, governador Eduardo Leite, pare de enganar o povo. Privatizar a escola pública é uma das formas de atacar o direito humano à educação”, argumentou. 

Qualidade e financiamento

Dados de 2022, reunidos pelo Observatório do Financiamento da Educação da Unesco e do Banco Mundial, apontam a relação direta entre a qualidade da educação pública dos países e o investimento realizado. Segundo o relatório, nações de renda média e baixa gastam em média US$55 por estudante, enquanto países com renda alta gastam em média US$8.543 com cada aluno.

 

 

Para Manuela Mendonça, membro do Conselho Executivo da Internacional da Educação, garantir o ensino gratuito é um direito básico que precisa ser assegurado, principalmente em cenários de crises geopolíticas, ambientais e democráticas como os vividos ao redor do mundo.  “Não é apenas mais um direito, é algo que deve anteceder todos os outros. Ter o financiamento público é essencial para alcançar uma educação de qualidade e reter profissionais qualificados”, destacou.

 

Katia Helena Cruz. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

De acordo com Katia Helena Cruz, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), é importante estabelecer o diálogo com os entes federados no processo de reestruturação da educação. “O ensino público precisa ser pensado de modo sistêmico em todas as suas dimensões. Tornar a educação pública um serviço de qualidade, com expansão de matrículas e reconceituando a política de educação, não tem sido uma coisa simples, mas estamos comprometidos com a potência da diversidade, do valor dos territórios e com o que se produz em cada realidade brasileira”, disse. 

Fonte: CNTE

Foto destaque: Roque de Sá/Agência Senado

 

FONTE:

https://cpers.com.br/cpers-participa-de-audiencia-publica-no-senado-federal-e-denuncia-privatizacao-da-educacao-no-rs/?fbclid=IwY2xjawHEVIVleHRuA2FlbQIxMQABHTlmN4owp2vuXuetFrXdk3B16w8zpRoFtInIXCp1kRlkv2PNgImdal7i-A_aem_KkiLCPz-u31lk5EE5mKeKg 

 

 




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