Descontos no contracheque

Descontos no contracheque

Leite mantém desconto de salários e deixa educadores na miséria em meio à pandemia

Saiu no portal do servidor do RS a folha de pagamento com descontos absurdos. Professores expressam seu desespero e indignação nas redes sociais. Descontos de até R$1800,00 no contracheque, professores doentes, relatos de fome e ódio. Falta pagamento do restante das férias e há o corte inconstitucional do ponto dos grevistas ainda.

segunda-feira 30 de março

 

 

 

A nova folha de pagamento após as reformas da previdência e no plano de carreira dos trabalhadores da educação no Rio Grande do Sul aponta para um futuro precário e miserável. Os professores e funcionários de escola protagonizaram uma greve de 54 dias em mais de 1100 escolas em todo o Estado do RS. De 18 de novembro a 13 de janeiro, atravessando festas de final de ano, os educadores lutaram para manter o pouco que lhes restava de dignidade, ao passo que o governador esbanjava deboche, mentiras e demagogia de que essa reforma não ia prejudicar ninguém. Como senhor governador?

Em meio a uma pandemia de coronavírus Eduardo Leite é impiedoso, desconta cruelmente cada centavo dos dias parados, de forma inconstitucional, pois a greve do magistério foi legítima. Enquanto isso a direção da greve e do CPERS se limitaram e ainda se limitam em apostar em manobras jurídicas diante de uma justiça golpista que já mostrou há tempos de que lado está. Disperdiçando toda a disposição dos professores e funcionários que foram as ruas para uma batalha campal contra a perda de seus direitos.

Abaixo reproduzimos algumas postagens e comentários de indignação e ódio dos trabalhadores nas redes sociais, sem citar os nomes:

“Estou doente, preciso de cirurgia...não terei o suficiente....roubaram parte do meu salário....Com o dinheiro dos outros é fácil governar...com a palavra o governador " zé bonitinho e bom de papo".”

“Eu recebi menos que o salário mínimo”

“O meu veio exatamente como o seu!! De básico veio 380,00. Além de perplexa, sem compreender.”

“Cara, 3° mês com descontos!!! Até quando???”

“Tive 920, 92 reais de descontos e um empréstimo que não caiu em folha, se seguir o ritmo, terei mais um mês de descontos...Fiz os cálculos, mês de janeiro, fevereiro e agora março, pra chegar ao valor que ganho por mês ainda mais um mês com esse tanto de desconto, pensa na raiva...”

“Fui descontada 1.800 e não tinha mais o q descontar. No aplicativo já estava zerado o q eu "DEVIA" pro governo. E abro contracheque e tenho uma surpresa R$1.800 de desconto.”

“Meu básico p 38 horas estava ali de R$728,00 e descontaram R$511,00
Conclusão q se não tivesse vindo a outra parte das férias eu teria recebido R$200,00”

“A greve do magistério público estadual do RS ocorreu no período de 14 de novembro de 2019 até 14 de janeiro de 2020.

Lutávamos pela manutenção de nossos direitos, por salários dignos, pela educação pública de qualidade, MAS FOMOS DERROTADOS PELO GOVERNO LEITE E PELA DIREÇÃO SINDICAL DO CPERS, QUE É PELEGA E VENDEU NOSSOS DIREITOS EM UMA MESA DE NEGOCIAÇÃO!

Eduardo Leite é um CRETINO! QUER PASSAR DE BOM MOÇO NESTE PERÍODO DE PANDEMIA, MAS CONTINUA TIRANDO SALÁRIO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO, UMA CATEGORIA MAJORITARIAMENTE DE MULHERES NA MISÉRIA!

Além de perder direitos, tivemos nossos pontos cortados pelo governo, ALGO INCONSTITUCIONAL, pois todos os trabalhadores TÊM O DIREITO A GREVE!

Desde dezembro, estamos sendo descontados na folha salarial, JÁ TÃO DEFASADA PELOS 6 ANOS SEM REAJUSTE SALARIAL!

De lá pra cá, somando ao contracheque que CABA DE SAIR, SÃO 4 MESES RECEBENDO A METADE DO SALÁRIO!

Estamos na MISÉRIA desde 2015, quando o governo passou a Parcelar nossos salários. A categoria se comprometeu com EMPRÉSTIMOS, LUTOU EM OUTRAS GREVES, MAS SEGUIU SEM VITÓRIA SOBRE O GOVERNO, FRUTO DE UMA DIREÇÃO CENTRAL CUTISTA TRAIDORA, QUE NOS LEVOU ÀS MAIORES DERROTAS DA CATEGORIA DESDE ENTÃO!

Não aguentamos mais tanta humilhação!

Os trabalhadores da educação estão sem salários, s dignidade, sem direitos, e SEM DIREÇÃO SINDICAL QUE COMBATA OS GOVERNOS!

BASTA!
A crise que TODOS estão temendo é uma realidade para os trabalhadores da educação a muito!

PRECISAMOS DENUNCIAR!
Precisamos mostrar para os trabalhadores como a classe precisa estar unida para vencer não só os governos liberais e suas reformas, mas também, romper com a lógica burocrática e pelega das centrais sindicais traidoras ( CUT, PC do B, CTB)!!!”

“Malditoooooo! Muito ódio desse abostado! Assalto aos nossos bolsos pra sustentar essa economia podre movida a fome e sangue!!!”

Além dessas postagens e comentários de muita indignação e ódio, existem professores doentes que não terão como sustentar suas famílias e muito menos comprar remédios. É um total absurdo que em meio à pandemia o governo continue com essa política de massacre descarregando cada vez mais a crise nas costas dos que ganham menos. Enquanto isso mantém bilhões em sonegação de grandes empresários, outros bilhões de reais em isenção de impostos, e milhões de reais em todos os privilégios da casta política. Urgente que, pelas vidas que são postas em risco nesse momento se taxe as grandes fortunas gaúchas, se confisque os bens dos grandes sonegadores e se corte toda a política de isenções para os grandes capitalistas deste Estado, bem como todos os privilégios dos políticos e do judiciário! Precisamos exigir que as centrais sindicais e as direções sindicais (CUT e CTB controlam a maior parte dos sindicatos no país) saiam da paralisia e lancem um plano de emergência de combate racional quanto a pandemia bem como de combate a todos os ataques neoliberais. Pelo pagamento em dia do salário dos educadores! Pelo pagamento do restante das férias! Pelo pagamento imediato dos dias da greve!

Cada vez fica mais evidente que ou são eles, os capitalistas, ou nós a pagar por essa crise que vai se intensificar ainda mais depois do COVID-19. Não pagaremos com nossas vidas! Nossas vidas valem mais que os lucros capitalistas, gerados com o sangue e suor dos trabalhadores!

 

http://www.esquerdadiario.com.br/Leite-mantem-desconto-de-salarios-e-deixa-educadores-na-miseria-em-meio-a-pandemia?fbclid=IwAR1FVHFIhi387_pNE-qTzc2tu0CVHnaMbcWLdp0Ok2I8En3ugOM3BBIY3mw

 

Folha de maio depende de dois repasses da União ao RS, diz Cardoso

Secretário da Fazenda disse que Estado folha do quinto mês do ano depende do suporte do governo federal

O secretário da Fazenda explicou que o RS precisará de duas faixas do auxílio federal para efetuar os pagamentos de maio


O secretário da Fazenda explicou que o RS precisará de duas faixas do auxílio federal para efetuar os pagamentos de maio

O Rio Grande do Sul ainda não recebeu a primeira parcela do suporte da União para cobrir os prejuízos da pandemia de Covid-19 na arrecadação. São R$ 1,95 bilhão divididos em quatro vezes. O texto já foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas os recursos ainda não foram liberados. O reflexo mais evidente no Estado é o atraso dos salários dos servidores públicos do Executivo. Desde 2015, os vencimentos são parcelados. Entretanto, o intervalo de pagamento fora reduzido no início deste ano. Agora, com a crise, o tempo para quitar a folha aumentou novamente.

Os salários referentes ao mês de abril só devem ser quitados no dia 12 de junho, com recursos próprios do Estado. Se o Palácio Piratini receber a parcela do socorro da União até lá, a data pode ser antecipada. No entanto, de acordo com o secretário da Fazenda, a folha de maio depende do suporte do governo federal. Marco Aurélio Cardoso explicou que o Rio Grande do Sul precisará de duas faixas do auxílio para efetuar os pagamentos do quinto mês do ano. “Para abrir maio, a gente precisa que venha o recurso”, pontuou. “Para terminar maio, a gente conta também, além da nossa arrecadação, com a segunda parcela, que virá em julho. Durante esses meses, é indispensável”, prosseguiu Cardoso.

Previdência complementar

O secretário Marco Aurélio Cardoso também comentou o benefício criado pelo Governo do Estado sobre a previdência de servidores civis. Quem ganha acima do teto do INSS pode ser ressarcido de parte da contribuição se optar por aderir à Previdência Complementar. No regime Próprio do Estado, as alíquotas chegam a até 22% do salário. Já no regime Complementar, as alíquotas são de, no máximo, 14% e apenas sobre o teto de R$ 6,1 mil.

Ao todo, 21,6 mil servidores podem ingressar no plano. “É uma flexibilidade. Por que a gente está alterando isso? Até hoje, a gente até oferecia para o servidor a possibilidade de migrar. Mas, ao migrar, ele perdia esse passado, por que ele não recebia de volta essas contribuições que ele fez a mais”, explicou Cardoso. O projeto deve ser encaminhado em regime de urgência à Assembleia Legislativa até o meio do mês de junho.

 

https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/economia/folha-de-maio-depende-de-dois-repasses-da-uni%C3%A3o-ao-rs-diz-cardoso-1.430737?utm_source=Facebook-P%3Futm_source%3DFacebook-P&fbclid=IwAR2FjDKCh6sSMVr8IwAbu_LvIoXuPaR4IAvHg7gg70WBk_RRrHJRvNd-vjU

 

 

 

 




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