Desligamentos por morte no emprego

Desligamentos por morte no emprego

Crescem desligamentos por morte no emprego com carteira assinada 

Categorias mais atingidas são os trabalhadores da Educação, com aumento de óbitos superior e 106%, e os profissionais da Saúde, com crescimento de quase 76%

Por Gilson Camargo / Publicado em 19 de maio de 2021

Entre os trabalhadores da educação, desligamentos por morte superam as outras categorias

Entre os trabalhadores da educação, desligamentos por morte superam as outras categorias

Foto: Agência Brasil/ Arquivo

Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil, revela boletim de conjuntura do emprego divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

  • Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos por morte do emprego celetista cresceram 71,6%.

  • Nas atividades de atenção à saúde humana, o crescimento foi de 75,9%.

  • Entre os médicos, os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros, duplicaram.

  • O Amazonas foi o estado onde houve a maior ampliação desse tipo de desligamento: 437,7%.

  • Na educação, o crescimento foi de 106,7% e em transporte, armazenagem e correio, de 95,2%

 

Infográfico: Dieese

Nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento global foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente.

O Amazonas foi o estado com o maior crescimento percentual de desligamentos por morte: 437,7% – foram 114 no primeiro trimestre de 2020, e 613, no mesmo período de 2021. Em seguida, vêm outros três estados do Norte: Roraima, Rondônia e Acre.

No estado de São Paulo, o mais populoso do país, os desligamentos por morte cresceram 76,4%, passando de 4,5 mil para 7,9 mil.

Amazonas: triplo de óbitos do país

Treinamento de médicos no hospital de campanha de Ibirapuera: saúde registrou crescimento de quase 76% no número de óbitos de profissionais

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Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo trimestre de 2021, o crescimento relativo do número de desligamentos por morte no Amazonas (437,7%) foi três vezes maior do que o registrado no Brasil (71,6%).

No mesmo período, os desligamentos por esse motivo nas atividades de atenção à saúde humana aumentaram 9,5 vezes naquela unidade da Federação, cinco vezes mais do que o observado nessas funções em todo o Brasil (75,9%) e quase duas vezes mais do que a expansão dos desligamentos por morte em todas as atividades econômicas daquele estado.

 

Infográfico: Dieese

 

Os desligamentos por morte de profissionais de enfermagem (considerando auxiliares, técnicos e enfermeiros) e de médicos no Amazonas aumentaram 11,0 vezes, ou 1.000%, passando de 1 para 11. No país, o aumento foi de 78,3%. O número também é maior do que o crescimento dos desligamentos totais no Amazonas.

Entre todas as atividades econômicas, as que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte estão: educação, com 106,7%, transporte, armazenagem e correio, com 95,2%, atividades administrativas e serviços complementares, com 78,7% e, saúde humana e serviços sociais (agregado), com 71,7%.

*Com informações do Dieese.

 

https://www.extraclasse.org.br/saude/2021/05/crescem-desligamentos-por-morte-no-emprego-com-carteira-assinada/ 

 




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